Contagem debate projeto intersetorial voltado à mediação de conflitos na comunidade escolar

Na quinta-feira (20/5), a subsecretária de Segurança de Contagem, Daniela Tiffany, acompanhada do superintendente de Prevenção às Violências, Antonio Nunes, e da gerente de Proteção Escolar da Guarda Civil, Renata Nunes, reuniu-se com a secretária municipal de Educação, Telma Fernanda Ribeiro, para dar início à construção de uma parceria que possibilite a implementação de projetos intersetoriais voltados à mediação de conflitos na comunidade escolar.

A proposta, segundo a subsecretária Daniela Tiffany, é desenvolver inicialmente um curso virtual que ofereça metodologias de resolução de conflitos nas escolas através da formação da comunidade escolar. “Gostaríamos de somar a experiência e as iniciativas já existentes da Seduc ao know-how da Segurança Pública, aprofundando esse debate e adequando-o ao cenário atual e às necessidades e realidades da rede de ensino do município”, explicou.

Na visão da subsecretária, a Segurança Pública deve atuar dentro de uma lógica cada vez mais preventiva, que seja capaz de evitar e não somente responder aos conflitos. “Queremos agregar, oferecendo tecnologia, conhecimento e uma equipe que possa somar. Há um desejo nosso em participar da concepção. Se atuarmos desde agora, propiciando formação qualificada, poderemos contribuir para um retorno às aulas mais ‘equilibrado’, especialmente do ponto de vista psicossocial, visto que várias violências emergiram neste período pandêmico e precisarão ser acolhidas, numa perspectiva de construção de um território educativo e seguro”, destacou Tiffany.

Para a secretária de Educação, Telma Fernanda Ribeiro, a proposta intersetorial é possível e enriquecedora. “Acredito que iremos avançar e superar os muitos desafios a que estamos expostos, trabalhando a partir da transversalidade e da construção conjunta de um projeto amplo que permaneça como política pública, não como política de governo”, afirmou.

De acordo com Telma, há um grupo de profissionais capacitados e experientes trabalhando dentro desse recorte, que prevê inclusive o resgate dos articuladores comunitários e projetos exitosos interrompidos. “Esses profissionais da Educação certamente irão auxiliá-los e congregá-los para que a concepção seja coletiva e para que haja um projeto sólido, cujas propostas tenham adesão e aderência por parte da população”, complementou.

O superintendente Antonio Nunes acrescentou que o curso, num primeiro momento, atenderia docentes e pais e, posteriormente, estudantes. “Temos nos preocupado em propor ações viáveis de serem implantadas neste cenário de pandemia. Neste módulo de formação que estamos pensando, contemplaríamos os docentes, mas também teríamos momentos específicos para os jovens, pois acreditamos no protagonismo juvenil e na técnica de mediação que auxilia o agir e propicia o gerenciamento de tensões e violências”, detalhou.

A gerente da Patrulha Escolar também destacou que a intenção é romper com essa visão de uma guarda repressiva, que só pune e combate. “Nossa missão é estabelecer e difundir um novo modelo de trabalho que tenha a prevenção, a educação, o acolhimento como conceitos prioritários. Queremos colaborar com a rede de ensino, constituindo elos permanentes e estimulando nossas crianças e jovens a praticarem a cidadania, o respeito, a gentileza e o autocuidado”, reiterou a guarda Renata.

Ao final do encontro foi definido que será desenvolvido um cronograma de ações para formatar e garantir o desenvolvimento do projeto. Também estiveram presentes, as assessoras do gabinete da Seduc, Tereza Cristina Oliveira e Rosane Aparecida Souza, e o técnico superior em Gestão Pública Municipal, Wellington Ribeiro, que participou de forma remota da reunião.

Repórter Carol Cunha