Universitária da UFMG que estudou na Rede Pública e na Funec detectou asteroide inédito e recebeu certificado da NASA

A ex-estudante da Fundação de Ensino de Contagem e da Escola Estadual Helena Guerra, Laysa Peixoto, contribuiu com o avanço na detecção de asteroides da National Aeronautics and Space Administration (NASA).

Desde o início do ano ela tem participado de uma campanha de “caça asteroides” pela NASA em parceria com a The Internacional Astronomical Search Collaboration.

Os organizadores da campanha enviaram aos participantes imagens feitas pelo telescópio Pan-STARRS, localizado no Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí. As imagens referiam-se a regiões do Sistema Solar em que poderiam existir constelados não descobertos.

Laysa afirma que analisou cada parte das imagens em busca do estrelado. “Detectei alguns objetos que poderiam ser asteroides e enviei um relatório para eles. Um dos objetos que marquei foi confirmado e colocado na lista de ‘descobertas recentes’, por enquanto ele está nomeado com uma sigla do meu nome, LPS0003, futuramente terei a oportunidade de nomeá-lo”, destacou.

A atual estudante de física pela UFMG, destaca que seu interesse pela ciência teve início quando ainda era criança. “Desde criança, tive o desejo de compreender como o universo funciona. Comecei a fazer Física na UFMG esse ano e pretendo, em prosseguimento à graduação, me especializar em Astrofísica, Cosmologia e Física de Partículas”, disse.

Laysa foi medalhista de prata na 23º Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, em 2020, e chegou ao final da Competição Internacional de Astronomia e Astrofísica, sendo contemplada com medalha de bronze. À época, era estudante da Funec e, agora, foi reconhecida pela NASA com o certificado de apreciação pela contribuição científica.

A ex-educanda da Funec destaca que o seu objetivo é contribuir para o avanço na exploração espacial. “É uma experiência incrível contribuir para o avanço na detecção de asteroides. É importante monitorá-los, assim é possível saber quais podem futuramente ter algum risco de colisão com a Terra”, concluiu Laysa.

Repórter Ádria Oliveira e Fernando Dutra