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Recital de poesias agitou fim de ano da escola Newton Amaral Franco

Evento é uma forma de apresentar os estudantes que se destacaram em literatura durante o ano

Cerca de 600 estudantes participaram do projeto Recitar da Escola Municipal Newton Amaral Franco. Durnate todo o ano, os estudantes têm contato com poemas e poesias. No fim do ano, alguns alunos são convidados para apresentar os textos.

Dez estudantes que se destacaram em um concurso de declamação durante o ano se apresentaram no recital de fim de ano. O projeto existe há quatro anos e tem o objetivo incentivar o gosto pela leitura e declamação de poesias. Os estudantes puderam conhecer poesias voltadas ao público infantil e infanto-juvenil de autores renomados, como Cecília Meireles e Vinicius de Morais.

A quadra ficou lotada. O destaque ficou por conta dos estudantes do 7° ano. Eles apresentaram um poema em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). A ação teve o objetivo de unir as diferenças. “Estamos tendo a experiência de ensinar LIBRAS aos nossos estudantes. Uma vez por semana tiramos alguns minutos para ministrar uma aula interativa”, ressaltou a bibliotecária Sheila Rodrigues.

Além da apresentação dos estudantes, o recital contou com a participação do poeta e educador social Alexandre Robson. Alexandre aproveitou para fazer um sarau. Ele ainda apresentou a Caixoteca; projeto criado há um ano que promove contações de histórias por meio de livros arrecadados que posteiormente serão doados em vilas e favelas.

Reportagem e fotos: Nayara Macedo (sob supervisão de Júlio César Santos)

Professor estimula alunos por meio da leitura e da poesia

Para comemorar o dia do poeta, a Seduc conversou com o educador Jorge Venâncio que já teve três livros publicados.

Contagem comemora nesta semana o Dia do Poeta. E para não passar em branco, a Secretaria Municipal de Educação (Seduc), conversou com o professor de português e também poeta, Jorge Venâncio. Jorge é um professor irreverente e muito querido pelos estudantes dos 5º e 8º anos, da Escola Municipal Vasco Pinto da Fonseca.

Para instigar a poesia entre os seus alunos, Venâncio lê o clássico Navio Negreiro, de Castro Alves. História que conta sobre a situação dos africanos, separados de suas famílias, na vinda ao Brasil. Ele acredita que o texto estimule os alunos nas aulas de poesia.

Ele também faz rodas de poesia com os seus estudantes. Os temas são os mais variados, mas o que ele destaca como principal são as mensagens dedicadas as mães. O objetivo é aguçar a criatividade e sensibilidade no ato de passar o sentimento para o papel. Para Jorge, escrever para as mães é uma homenagem rotineira que deve ser seguida por seus alunos. “A poesia é necessária para o estudante. É por meio dela que declamamos, ouvimos e discutimos. Eu acredito que ela contribuirá para o desenvolvimento da sensibilidade musical, rítmica e auditiva das crianças e dos adolescentes”, finaliza Jorge Venâncio.

Atualmente o poeta tem três livros publicados: O Verso Esperado; Noturnas Distâncias e O Luxo do Lixo. Ganhou também dois prêmios de concurso de poesia no Estado de Minas Gerais.

Reportagem: Nayara Macedo (sob a supervisão de Leonardo Melo)
Foto: Divulgação

Aprendizado e muita descontração em roda de poesia

Ação faz com que estudantes tomem gosto pela leitura.

Fim de tarde, chá, biscoitos e muita poesia. Parece um encontro de amigos mas é uma atividade da Escola Municipal Maria do Amparo. Uma vez por ano, os estudantes afastam as carteiras, fazem uma roda na sala para recitar e ouvir poemas e poesias. O projeto, intitulado “Chá com Leitura” foi idealizado pelo professor de ensino religioso, Marcos Antônio da Cruz e tem o objetivo de aproximar os alunos da literatura. “Gosto de ressaltar os valores e os sentimentos na minha disciplina. Procuro fazer com que os alunos tenham essas percepções que devem ser aplicadas no dia a dia.”, destacou Marcos.

Os temas são livres. Entre um biscoito e um chá, que ficam disponibilizados no canto da sala, um estudante levanta, vai até o centro da sala e faz a leitura. Em seguida começa a roda de debates. Todos podem opinar sobre os textos. O projeto promove uma grande interação. Além dos estudantes, professores e até os pais entram na roda. “Com o projeto comecei a ter o hábito de ler e a minha escrita melhorou. Acredito que iniciativas como essas podem nos transformar e nos fazer crescer”, ressaltou o estudante John Vitor dos Santos Reis.

Noventa alunos do 7º ano participaram do “Chá com Leitura”. A interação é grande. Em determinados momentos são formadas duplas e cada particpante pode ouvir um poema de forma exclusiva. São utilizados canos de pvc coloridos que são colocados sobre os ouvidos do colega. A atitude é chamada de “cochicho poético”. Assessora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação Cleire Cristina Pinto Silva foi uma das convidadas e aprovou a experiência. “A sensação de interagir com os estudantes é muito boa. Aproximar alunos e professores é maravilhoso, ainda mais com projetos que incentivam o hábito de ler”, explicou.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Newton de Castro Resende

Lecy, o poeta da Escola Municipal Giovanini Chiodi

Prestes a lançar seu terceiro livro, escritor busca incentivar jovens na leitura e na escrita

O auxiliar de biblioteca, Lecy Pereira Sousa, trabalha  há 10 anos na Escola Municipal Giovanini Chiodi, situada em  Vargem das Flores. Ele possui uma paixão em querer falar da vida cotidiana em forma de poema. Já publicou dois livros, um deles foi lançado no Palácio das Artes em Belo Horizonte e está prestes a lançar um terceiro periódico. É conhecido também por cuidar do espaço onde os alunos usam da imaginação e aprendem histórias dos clássicos literários.

Na escola, ele trabalha com o intuito de levar os seus textos para os quatro cantos do país. Teve um blog que deu bagagem para ficar conhecido e atualmente possui um perfil no Facebook onde publica textos. Dois de seus poemas já saíram no projeto Pão e Poesia, criado por Diovani Mendonça. A ideia era colocar poemas em sacos de pão e distribuir por Belo Horizonte e região metropolitana. Cerca de 500 crianças e adolescentes foram impactados. Hoje, mais de 1 milhão foram distribuídos em padarias.

O trabalho chegou inclusive a receber o prêmio Mídia Livre do Governo Federal. Foi convidado a se apresentar na Academia Mineira de Letras onde recitou poesias de sua autoria. Participou do Leitura para Todos em ônibus,  projeto criado pela UFMG na capital mineira.

É com esse vasto currículo que Lecy mantém o ânimo em continuar o seu sonho de levar a poesia para o povo contagense e expandir para todo o Brasil. O contrato com a produtora já foi assinado e, breve, haverá o lançamento do seu terceiro livro. “Eu sou multiplicador daquilo que faço. Acredito na leitura e escrita como forma de expressão. O meu trabalho visa impactar jovens e dar incentivo para escreverem  sobre o que gostam”, explica.

A direção da escola acredita e incentiva as obras do poeta. “O trabalho dele afeta as pessoas positivamente. Por meio dos versos de Lecy as crianças buscam sonhar. O trabalho que ele realiza na escola é gratificante”, afirma a vice-diretora Silésia Silva.

Os textos do poeta podem ser lidos direto em sua conta no Facebook.  

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Luiz Henrique Grossi