PROGRAMA DE BIBLIOTECA E LEITURA – PARTE II

Prezada Comunidade Escolar,

No último informativo, conversamos sobre a Biblioteca Escolar, na perspectiva do que esse equipamento representa na escola e no processo de aprendizagem. Dando continuidade a esse tema, o Programa de Biblioteca e Leitura vem até vocês para reafirmar a importância da Biblioteca Escolar e considerar sua atuação no momento do isolamento social. Como a Biblioteca Escolar pode atuar durante a pandemia? CLIQUE AQUI!

“No Egipto, as bibliotecas eram chamadas ‘Tesouro dos remédios da alma’. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.” (Jacques Bossuet)

Existem vários tipos de biblioteca: nacional, infantil, especializada, universitária, comunitária, pública, escolar etc. Cada uma atende a seu público específico e com demandas de informação diferentes. No entanto, a missão primeira da biblioteconomia e de qualquer biblioteca, independente de sua tipologia, é oferecer aos cidadãos acesso à informações de qualidade.

Contrapondo-se à missão das bibliotecas, vivemos numa sociedade de informação e da cultura digital, com o avanço tecnológico e sua democratização as pessoas produzem e acessam informações de diferentes maneiras, as quais podem ser distorcidas, incompletas, manipuladas e, inclusive, falsas. O fato é que informação é e sempre foi significado de poder, por isso, em todas as épocas, as informações falsas foram utilizadas com o intuito de manipular, desconstruir e banalizar. Não é surpresa encontrarmos informações que procuram negar a própria ciência ou desconstruir ideologias sociais e políticas. Nesse contexto, identificar notícias falsas e extrair delas o que é verídico, trata-se de uma tarefa árdua e muito importante.

“E queimaram as bibliotecas de Alexandria,
os livros dos filósofos e grandes pensadores
pois todos diziam que a verdade e o poder
não está num livro, está dentro de você!” (Violet Shine)

Se o acesso à informação é inerente ao exercício da cidadania, é aí que as bibliotecas e os profissionais que nelas atuam podem fazer toda a diferença em nossa sociedade. O momento pede que as bibliotecas se reposicionem e desmistifiquem o esteriótipo de acervos fixos, estáticos e, com a pandemia, sem acesso. É urgente que esse equipamento se torne líder do uso ético e responsável da informação, combatendo as chamadas “fake news” ou seja, notícias/informações falsas e que, para muitos, parecem verdadeiras, o que promove, assim, a desinformação.

Enquanto estamos trabalhando de nossas casas, é importante usarmos as armas que temos para atender nossas comunidades. As redes sociais e outros canais, criados pelas bibliotecas devem ser explorados. Ainda que pese nosso raio de ação, é vital que as bibliotecas trabalhem com o intuito de continuarem contribuindo, para que a sociedade continue lendo, aprendendo e pesquisando para minimizar os efeitos, a longo prazo, dessa interrupção de nossas culturas, sociedades e economias.

Assim, O Programa de Biblioteca e Leitura continuará trabalhando, mediante formações, debates e políticas que possam contribuir para que nossas bibliotecas se transformem, efetivamente, em espaços de transformação social promovendo, sempre, o uso técnico e responsável da informação.
Abraços a todos e até breve!!!

Deixaremos aqui algumas dicas de sites que ajudam a identificar as fake news:

Agência Lupa

A Agência Lupa é a primeira do setor de checagem de fatos do Brasil a ser criada no Brasil. Ela está ligada ao site Folha de S. Paulo e seus trabalhos estão diretamente ligados a fatos compartilhados em período de eleição.

Para entrar em contato com a Lupa, basta mandar uma mensagem no Facebook, diretamente para o Messenger, que o bot auxiliará a avaliação das informações como verdadeiras ou falsas.

Fato ou Fake

Criado pelo grupo Globo, Fato ou Fake faz a apuração de notícias falsas com uma equipe composta por jornalistas que trabalham em veículos como Época, Extra, G1, CBN, Época, Extra, TV Globo, GloboNews, Jornal O Globo e Valor Econômico. Este site é responsável por verificar notícias muito compartilhadas de assuntos gerais.

Se você quiser fazer uma denúncia de alguma notícia falsa, pode ir à página do Facebook do Fato ou Fake, ou mandar uma mensagem para o WhatsApp, através do número (21) 97305-9827.

Agência Pública

Fundada em 2011 por mulheres jornalistas, a Agência Pública é uma instituição sem fins lucrativos que avalia notícias com temas que envolvem administração pública e defesa dos direitos humanos. Ela é responsável por avaliar diversas falas de políticos, classificando-as em diversas categorias como verdadeiro, sem contexto, discutível, exagerado, subestimado, impossível provar ou falso.

E-farsas

Criado em 2002 por Gilmar Lopes, com o intuito de desmitificar as histórias popularmente compartilhadas na Internet de uma forma acessível a todos.
A maior parte de seu conteúdo vem de recomendações de seus internautas que, em sua maioria, pedem uma avaliação de histórias virais que circulam pela rede.

Fake Check

O detector de fake news: Fake Check é uma plataforma que foi criada pela junção de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Diferentemente de uma agência, a plataforma utiliza aprendizagem de máquina e inteligência artificial para avaliar, se um texto é verdadeiro ou falso.
Para entrar em contato com o Fake Check, basta apenas enviar uma mensagem para o bot do WhatsApp através do número (16) 98112-8986.

Fonte: Observatório fake news 2019.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

COSTA, Matheus Bigogno. Sites para checar se a notícia é verdadeira ou falsa. Disponível em:< http//observatório fke ne>. Acesso em: 09 set.2020.

MARTINS, K. J. B. N; PRESSER, N. H. A PROMOÇÃO DA CIDADANIA POR MEIO DO ACESSO À INFORMAÇÃO. Disponível em:. Acesso em 09.set.2020.

SILVA, S. S.; TANUS, G. F. S. C. O BIBLIOTECÁRIO E AS FAKE NEWS: análise da percepção dos egressos do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. In: Inf. Pauta Fortaleza, CE v. 4 n. 2 jul./dez.