A BIBLIOTECA E AS AÇÕES SOLIDÁRIAS EM TEMPOS DE COVID-19

AS BIBLIOTECAS DA FUNEC E SEUS PROTAGONISTAS

 A BIBLIOTECA E AS AÇÕES SOLIDÁRIAS EM TEMPOS DE COVID-19

Por:  Rosânia Maria Souza

Responsável pelas Bibliotecas da Funec

Nesses tempos atuais, vemos e ouvimos falar constantemente em ações solidárias, individuais e/ou coletivas, que mesmo pequenas e, às vezes, anônimas mostram a essência do nosso povo, que se desdobra quando o assunto é ajudar o outro, é compartilhar, é salvar vidas. Obviamente, que existem as exceções, pessoas que desconhecem ou ignoram o poder letal do coronavírus, que não acreditam na pandemia e, por isso, nada fazem para evitar sua transmissão. Mas, podemos afirmar, com certeza, que quanto mais divulgarmos e incentivarmos ações dessa natureza, mais estaremos contribuindo para um desfecho rápido e positivo dessa pandemia, com a menor perda possível de vidas.

Diante das dificuldades encontradas para se combater a COVID-19 e, sobretudo, evitar sua transmissão e contágio, a Célia Marciana se sentiu desafiada a contribuir, de alguma forma, para amenizar um pouco os efeitos dessa pandemia que está se abatendo sobre o mundo todo. Mas, surgiram as dúvidas, como ajudar? Como a biblioteca poderia entrar nessa luta? Pois, da forma como entendemos a biblioteca tradicional, como um local de guarda e conservação das fontes de conhecimento, espaço dinâmico e propiciador da leitura, essa ideia de contribuir exigia um entendimento diferente, mais amplo, mais solidário, mais humano e concreto, que ultrapassasse as divisas da biblioteca do conhecimento, para a biblioteca da vida, de utilidade pública, de ações humanitárias, capaz de alimentar não somente a alma, mas contribuir, de forma concreta, para alimentar e manter a vida.

E foi assim, nessa perspectiva, que o desejo de contribuir aliou-se à ideia de fazer máscaras de proteção individual, para doação. Essa ideia ganhou corpo e forma, mediante a necessidade da direção da unidade Ressaca em proteger os servidores e demais envolvidos no recebimento do “Vale Merenda”, cuja entrega deveria ser realizada na própria unidade e, como a saída do isolamento social exige cuidados especiais, a Célia Marciana, nossa protagonista de hoje, disponibilizou-se a confeccionar máscaras caseiras e doar à escola, indo-se, com esse gesto, ao encontro do combate ao coronavírus, causador desse momento tão conturbado pelo qual passa a nossa sociedade.

Foi preciso “arregaçar as mangas” e, literalmente, colocar as mãos na máquina. Fotografou algumas máscaras que havia confeccionado para sua família, enviou-as à direção da escola e, no mesmo instante, esta se interessou pelo trabalho e solicitou algumas unidades. Distribuiu-se cerca de 45 (quarenta e cinco) máscaras, às quais foram utilizadas pelos servidores, durante o cadastro dos alunos para o “Vale Merenda”. Após a realização dessa ação, esse foi o comentário da Célia Marciana: _ “Apesar de ter sido uma produção solitária, foi solidária e gratificante!” A Célia é uma profissional atuante, competente, criativa e solidária, que mais uma vez pôde se sentir realizada, com a certeza do dever cumprido.