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Vocação para ler e escrever de secundarista despertada na Biblioteca Cora Coralina, da Funec Nova Contagem

A segunda reportagem da série “Pensadores Fora do Eixo” conta a história da estudante Camila Fernandes.

Camila Fernandes, de 18 anos, mora em Nova Contagem desde que nasceu e hoje estuda da unidade da Funec no bairro. Ela está terminando o 3º ano do ensino médio e quando pode desenha, canta e vai aprendendo os segredos do ukulele, espécie de pequeno violão. Como qualquer jovem, Camila tem sonhos, anseios e dúvidas sobre o mundo. Uma característica define sobremaneira essa jovem: ela gosta de literatura. Lê e escreve com gosto para conhecer o mundo e a si mesma.

Mas Camila nem sempre foi assim. Essa vocação aflorou depois que ela passou a fazer parte do Café com Leitura, iniciativa iniciada em 2016 de incentivo à leitura e escrita na Biblioteca Cora Coralina, da Escola Municipal Ana Guedes Vieira / Funec Nova Contagem.

No Café com Leitura, durante o intervalo das aulas, os alunos apresentam trechos de livros e de músicas, de temas diversos, que são colocados em debate, com a mediação da bibliotecária da Cora Coralina, Cilene Ferreira, ou de algum professor. A bibliotecária lembra que as primeiras participações de Camila foram marcadas pelo silêncio e introspecção.

“A Camila era uma incógnita. Durante o Café com Leitura ela se sentava em um canto, abaixava a cabeça e não falava. Em um belo dia ela resolveu dizer que tinha um texto para ler, o que foi feito com muita expressão. Daí para frente, essa menina deslanchou”, ressalta Cilene.

Camila faz parte da primeira geração de estudantes do “Pensadores Fora do Eixo”, grupo formado em 2018 para incentivar a produção de contos autorais pela comunidade escolar da Funec Nova Contagem. Ela é a única que desde o início do grupo Comunicação Cora Coralina, balão de ensaio do “Pensadores Fora do Eixo”, permanece no grupo.

Nesta segunda reportagem da série sobre o “Pensadores Fora do Eixo”, Camila fala sobre sua participação e como isso tem potencializado suas expressões criativas. “Eu não tinha o costume de ler muito no ensino fundamental. Foi só depois do grupo que eu comecei a ler mais, a escrever mais, e isso é um conforto para mim. Depois que entrei para o grupo é que percebi que realmente gostava disso”, relata a estudante.

Segundo ela, a comunicação da Cora Coralina, produzida para divulgar os trabalhos do grupo nas redes sociais, era feita pelos antigos alunos. “O pessoal foi se formando e do grupo inicial sou a única que permanece na escola”, destaca.

O grupo de comunicação da biblioteca nasceu em junho de 2016 pela necessidade de divulgação da campanha de arrecadação de livros literários. Foi crescendo com o passar do tempo, se tornando importante para o andamento dos projetos extracurriculares da Funec Nova Contagem. Hoje, o grupo tem como objetivo o desenvolvimento de pesquisas, leituras, publicações e atividades extracurriculares, tudo voltado à comunidade escolar.

A divulgação desses trabalhos é feita nas redes sociais do grupo, alimentadas por alunos, ex-alunos e colaboradores, com a produção de textos, fotos e vídeos. O “Pensadores Fora do Eixo”, por sua vez, surgiu no contexto das iniciativas de incentivo à leitura, escrita e pesquisa na Funec Nova Contagem.

Grupo de “terapia”

O diretor da escola, Roberto Afonso Nascimento, confirma o potencial do grupo para fomentar a educação e fortalecer identidades. “A nossa unidade é muito diferenciada, principalmente no fomento à leitura. É um grupo que acaba se transformando em uma espécie de terapia de grupo mediada por professores ou pela (bibliotecária) Cilene. Isso contribuiu para a nossa participação na MiniONU da PUC-Minas, em BH, que será de 12 de 15 de outubro. Vinte e sete alunos da nossa escola participarão do evento”, afirma.

Embora os integrantes da comunicação da Cora Coralina tenham mudado ao longo do tempo, para Camila, a essência do coletivo permanece. “Foram chegando novas pessoas, mas a proposta do grupo continua a mesma, que é passar poesia, passar texto, voltar a galera de novo para a lei-tura, que é uma coisa muito difícil de a gente ver na escola”.

Crescimento coletivo e pessoal

A participação de Camila no “Pensadores Fora do Eixo” tem propiciado à jovem oportunidades de autoconhecimento e acolhimento. “A gente traz a nossa visão, nossa perspectiva e vai conversando um com o outro, vendo a visão do outro. Com isso, vamos crescendo como pessoa, com discussões referentes tanto aos problemas da nossa comunidade quanto aos pessoais. No início eu costumava chegar, abaixar minha cabeça e escutar o que o pessoal trazia, mas eu não estava habituada a compartilhar com eles o meu pensamento a respeito do que era dito. Hoje em dia eu já faço isso com mais facilidade. Não só porque é um grupo de amigos, mas com qualquer um que chega eu tenho facilidade para compartilhar o que penso”, assegura a estudante.

Para Camila, a literatura é um meio pelo qual é possível configurar e reconfigurar histórias, significando e ressignificando o mundo e a maneira de as pessoas se inserem nele. “Cada texto é uma forma de reconhecimento e amadurecimento e é importante compartilharmos esses textos e sentimentos, porque muitas vezes é difícil olharmos para o momento que estamos passando e pensar racionalmente. Quando vemos as perspectivas dos outros, a gente cresce junto”, diz.

Ela ressalta que a literatura coloca cara a cara diversas personalidades, pontos de vistas e perspectivas. “É um leque abrangente, em que você tem o mundo nas mãos para poder decidir a forma como vai levar o seu próprio mundo, a forma como vai tomar suas próprias decisões, que caminho vai trilhar. A literatura é também algo que ajuda bastante a pessoa a se desenvolver e a descobrir qual o personagem ela é na sua própria história, para que seja possível escrever suas próprias histórias e sobre o mundo a partir da sua própria perspectiva. Conhecimento é uma coisa que nunca ninguém vai tirar de nós e os livros são um instrumento incrível nessa jornada”, filosofa Camila.

Confira as redes sociais do “Pensadores Fora do Eixo” e da Biblioteca Cora Coralina:

https://www.facebook.com/bibliotecacoracoralinaanaguedes/

https://instagram.com/pensadoresforadoeixo?igshid=1u2gorqcjhkv9

Reportagem: Carolina Brauer
Foto: Ricardo Lima
Publicação: 07/08/2019

Dia Nacional do Escritor é hoje

Para escrever bem, nada melhor do que ler muito. E as bibliotecas escolares têm papel fundamental nesse incentivo.

oje, dia 25 de julho, comemora-se o Dia Nacional do Escritor. O ofício da escrita envolve pensamento e escrita, letramento e observação, fantasia, crônica, verso e narrativa, experimento e ensaio. Para isso é necessária muita leitura, fio condutor das criações literárias que impulsiona em direção a um mundo novo e melhor. Afinal, a leitura é fundamental para o desenvolvimento individual e coletivo. E qual o melhor lugar para a evolução da escrita, senão a escola e as bibliotecas escolares?

De acordo com a secretária-adjunta de Educação, Dagmá Brandão Silva, a rede municipal de ensino de Contagem dispõe de 78 bibliotecas escolares, uma em cada escola municipal de ensino fundamental do município e em cada uma das dez unidades da Fundação de Ensino de Contagem (Funec). “A biblioteca escolar tem a função de apoiar e fortalecer projetos pedagógicos das escolas, fortalecendo a cultura da leitura e da escrita”, destaca a secretária-adjunta.

Em muitas dessas bibliotecas são desenvolvidos projetos que levam os alunos a vivenciar experiências que desafiam o entendimento do senso comum quanto ao ato de ir à escola. A Escola Municipal Newton Amaral Franco é um desses exemplos. Lá, a bibliotecária Sheila Rodrigues desenvolveu o projeto “Luz, Câmera e Ação!”, um trabalho que se baseia na linguagem de cinema que levou 17 alunos a figurar na 27ª edição do prestigiado Festival Anima Mundi, pela primeira vez na história de Contagem.

Na Funec Nova Contagem, na biblioteca Cora Coralina, também é possível encontrar uma bonita iniciativa de incentivo à leitura e à escrita, o Café com Leitura, que acontece no intervalo das aulas, quando os alunos apresentam trechos de livros e de músicas que são colocados em discussão, com a mediação da bibliotecária da Cora Coralina, Cilene Ferreira, ou de algum professor. Temas diversos são discutidos pelos participantes, a partir dos trechos apresentados.

Ei, você, que faz parte da comunidade escolar da rede municipal de ensino de Contagem: procure a biblioteca da sua escola e comece já uma vida melhor!

Reportagem: Carolina Brauer
Arte: Renata Coura
Publicação: 25/07/2019

Projeto da E M Coronel Antônio Augusto reúne estudantes em grande sarau

Um grande sarau envolvendo mais de 120 estudantes animou a manhã da Escola Municipal Coronel Antônio Augusto Diniz Costa, no bairro Bernardo Monteiro, Regional Sede. Os alunos do quarto e quinto ano decoraram diversas poesias e as recitaram encantando a todos os presentes, incluindo pais e professores. A apresentação do projeto “Café com Poesia” contou com, além de vários poemas de autores consagrados, música, poesias em inglês e encenação.

De acordo com a diretora da escola, Márcia Candido Pereira, o sarau faz parte do projeto pedagógico da escola e ocorre como resultado da ampliação do acervo e reforma da biblioteca. “Estamos tornando a biblioteca mais ativa, o espaço não era muito utilizado. Após a reforma da escola, fizemos uma melhor divisão, deixamos o espaço mais colorido para deixar atrativo para as crianças e ampliamos o número de livros de literatura”, explicou.

A professora Peb1 Paula Cristina Caetano foi uma das coordenadoras do projeto. Ela estava orgulhosa do empenho dos alunos. “A poesia vai muito além da diversão, pelo fato de ser muito ampla, podemos trabalhar de várias formas didáticas, utilizando imagem, texto, principalmente o que envolve a emoção e o sentimento, para que eles entendam que existe o momento para ouvir e para falar, e também expressar muita coisa que está relacionada com a nossa vida”, disse.

Bibliotecária da escola há 14 anos Adriana Caldeira ficou encantada com o sarau. “Os alunos estão mais interessados desde a reforma da biblioteca, cada parede foi pintada de uma cor simbolizando equilíbrio, esperança, entre outros significados, além dos móveis coloridos que deixa o ambiente mais lúdico. Há muito tempo isso não acontecia na escola, foi resultado de todo um trabalho em conjunto”, afirmou.

Luciana Aparecida Campos é mãe da estudante Isabella de 10 anos que se apresentou no sarau. “Achei muito lindo. Quando eu vi, a Isabella já estava com a poesia na ponta da língua. Todos são muito capazes, poderia ter mais eventos como este”, disse.

A estudante Milena Muller Ribeiro de 10 anos decorou várias poesias para declamar. Ela conta que tem facilidade em decorar e adora o poeta Vinícius de Moraes. “Achei muito legal o evento porque a gente se inspira e cita para as pessoas o que a gente gosta”, concluiu.

Repórter: Vanessa Trotta
Foto: Geraldo Tadeu
Publicação: 30/4

Bibliotecas de escolas de Contagem viram espaços de debates sobre o negro na literatura

Ações fazem parte do mês da Consciência Negra

Até o dia 30 de novembro, as bibliotecas das escolas da Rede Municipal de Ensino de Contagem da Fundação de Ensino de Contagem serão palco de debates e reflexões sobre a retratação do negro na literatura. O objetivo é avaliar de qual forma os livros expõem os personagens. “Precisamos incentivar o protagonismo dessas crianças trazendo personagens como reis e rainhas e revendo gora o que foi trazido até agora dentro da literatura, que foi a visão do negro escravizado. O que precisamos pautar são atores capazes de agir e intervir onde quiserem. Eles podem ser médicos, doutores, cientistas… E isso passa pela escola, que é capaz de revisar o material didático”, explicou a diretora de Relações Étnico Raciais e Gênero da Secretaria Municipal de Educação, Rosângela da Silva.

As atividades são organizadas pelo Programa de Leitura em parceria com a Diretoria de Relações Étnico Raciais e Gênero da Seduc. Na Escola Municipal Professora Lígia Magalhães, no bairro Cidade Industrial, o dia foi de análises sobre a mulher negra na sociedade. A coordenadora do Programa Novo Mais Educação, Adriana dos Santos, apresentou estudos nada animadores. “Atualmente a maioria das mulheres negras ocupa cargos de subordinação. Na saúde nós também somos menos cuidadas. Por meio do conceito de que a mulher negra é mais forte, muitos médicos ignoram os sintomas apresentados pela paciente”, afirmou Adriana.

Os alunos utilizaram o espaço da biblioteca para mostrarem um pouco de dança afro. Com tambores e percussão apresentaram o ritmo criado por nossas antigas gerações. “Na escola é que tudo começa. Ensinar crianças desde pequena a criança a valorizar cultura afro muito importante. É uma forma de valorizarem a própria identidade, a serem solidários e a não terem preconceitos”, destacou a professora de dança afro, Ingrid Ferreira.

Os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) ainda participaram de contações de histórias e leram livros sobre o tema. A obra de Machado de Assis, “Pai Contra Mãe”, que conta o sofrimento de personagens durante a escravidão, foi objeto de estudo e debate sobre as ações sofridas pelos negros no século XIX e nos dias atuais. Os alunos utilizaram o momento de reflexão para produzir textos que foram expostos em um varal. “É importante ter esse debate na escola porque a gente sofre muito preconceito e o tema presente na escola faz com que as pessoas enxerguem de forma igualitária”, comemorou a estudante da EJA e auxiliar de serviços gerais, Maria Sueli Ferreira.

Clique AQUI e veja mais fotos do evento.

Reportagem: Júlio César Santos
Fotos: Geraldo Tadeu
Publicação: 26/11/2018

 

Filmes de estudantes de Contagem entram em cartaz no Cine Humberto Mauro

Estudantes foram responsáveis por escrever roteiros, gravar e dublar as animações

O trabalho dos estudantes da Escola Newton Amaral Franco, do bairro Petrolândia, de Contagem, foi parar na tela do Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes. Cerca de 700 alunos, do 1º ao 5º ano, participam de um projeto de cinema desenvolvido pela bibliotecária da escola, Sheila Rodrigues. Eles foram responsáveis por criar o roteiro, gravar e finalizar os filmes. “O projeto surgiu baseado na lei Lei nº 13.006, que determina que escolas de educação básica destinem duas horas mensais para a exibição de filmes nacionais. Daí pensei: Por que assistir aos filmes dos outros se a gente pode fazer os nossos?”.

Durante dois anos, nos horários destinados às atividades de biblioteca, os estudantes participaram de palestras e oficinas literárias e de cinema. Nos últimos meses os alunos começaram a produzir animações e curtas-metragens. Os alunos construíram cenários e fizeram desenhos que deram vida às animações. Na sequência, utilizaram técnicas de stop motion (forma de animação que registra a imagem quadro a quadro) para captar as cenas.

Ao todo foram produzidos dois curtas e sete animações. Os roteiros falaram temas que são debatidos na escola, como preconceito, racismo, meio ambiente, amizade, sonhos. Bruna Gabriele, de 10 anos, ajudou a animar o curta “Menino do Morro” e ficou encantada com o resultado do trabalho. “Eu fui responsável por tirar as fotos e é bastante demorado, porque eu preciso esperar o animador mexer no personagem para eu fazer o registro”, explicou.

Os curtas ficaram em cartaz no Cine Humberto Mauro durante uma semana. A escola Newton Amaral Franco organizou diversas caravanas para que os estudantes pudessem assistir às sessões. O Alexandre Augusto, de 10 anos, ficou tão feliz com o resultado do trabalho que quis assistir outra vez. “Cada vez que eu vejo o filme eu lembro do nosso trabalho. É difícil gravar, demora muito, mas muito divertido”, comemorou.

O projeto foi avaliado por educadores da escola. Segundo eles, o contato com as produções audiovisuais foi importantíssimo para o desenvolvimento dos estudantes em sala de aula. As técnicas aprimoram o aprendizado nas áreas de humanas e exatas. “O projeto trabalha o aluno como um todo. Ele é induzido a escrever e reescrever um roteiro, elaborar melhor as ideias, precisa ler bastante para decorar um texto, contar q quantidade de quadros para a produção de cenas. Enfim, o projeto trabalha português, matemática, literatura e outras várias disciplinas”, destacou a diretora da escola, Paula Zumpano.

Clique AQUI e assista aos curtas e às animações.

Reportagem: Júlio César Santos
Fotos: Geraldo Tadeu
Publicação: 14/11/2018

Dia do bibliotecário é comemorado na rede municipal de ensino

Data destaca a valorização do profissional pelo manutenção do conhecimento

No dia 12 de março é comemorado o dia do bibliotecário. A data é em homenagem a Manuel Bastos Tigre, que foi considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil. Nas escolas, os profissionais têm a função de desenvolver projetos de leitura, contação de histórias, organizar e catalogar acervos e gerir o espaço.

O bibliotecário e o auxiliar de biblioteca são essenciais na formação educacional dos estudantes; tanto que na Secretaria Municipal de Educação existe um setor específico destinado à leitura. São quatro profissionais que fazem levantamento de obras, desenvolvem projetos voltados à literatura e assessoram os educadores que atuam nas bibliotecas nas instituições de ensino. “A biblioteca tem como espaço de preservação o conhecimento da humanidade. O profissional que ali trabalha, tem como função cuidar, ser versátil na distribuição e a organização dos livros e ainda acompanhar as grandes tecnologias que vão contribuir para a expansão do saber”, destacou a bibliotecária Claudia Ferreira.

Todas as escolas municipais de Contagem possuem bibliotecas. Elas são compostas por livros literários, didáticos, científicos, gibis, revistas e jornais. Em 2018, a Secretaria Municipal de Educação vai investir ainda mais no segmento literário. Foram adquiridos 25 mil livros que serão distribuídos a todas as escolas. As minibibliotecas ficarão em sala de aula. O objetivo é disponibilizar material de qualidade, facilitando o acesso do professor e dos estudantes a obras literárias e promovendo ações de estímulo à leitura literária. A Seduc ainda vai ofertar gibitecas com várias histórias em quadrinho.“Todo o trabalho é para proporcionar mais conhecimento aos estudantes. É prazeroso vermos crianças e adolescentes frequentando os espaços de leitura”, enfantizou bibliotecária, Rosimeire Silva Campos.

Biblioteca Pública de Contagem
A Biblioteca Pública de Contagem Doutor Edson Diniz é referência cultural no município. São mais de 20 mil exemplares no acervo. Neste ano a biblioteca recebeu mais 700 novos livros.

A biblioteca realiza empréstimos de obras literárias. Para ser um sócio é preciso levar uma foto 3×4, documento de identidade e comprovante de endereço. Menores de idade precisam estar acompanhados dos pais.

A Biblioteca Pública Doutor Edson Diniz fica na rua Doutor Cassiano, 120, centro. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, de 8h às 17h.

Reportagem: Leonardo Melo
Publicação: 12/03/2018

Incentivo à leitura por meio do compartilhamento de livros

Projeto “Container com Letras” facilita o acesso de livros literários e didáticos

Facilitar o acesso à literatura e ampliar as possibilidades de estudo para crianças, jovens e adultos. Estes são os objetivos do projeto “Container com Letras”, em parceria com a Prefeitura de Contagem, por meio da Fundação de Cultura (Fundac).

Desde o mês de novembro, o container se encontra no município e vem recebendo um grande número de pessoas, que contribuem com doações, trocas e aquisições de livros didáticos e literários. Instalado, a princípio, na praça da Jabuticaba, o projeto integrou as festividades de final de ano na Cidade Encantada, recebendo um número aproximado de 200 visitantes por dia, para compartilhar exemplares de livros das mais diversas áreas.

“O compartilhamento é um processo de troca permanente”, explica o coordenador do projeto, Wiler Guerra. “Nosso trabalho é oferecer ao público oportunidades de estudo, leitura e lazer, sem custo algum, através da troca. Basta vir ao container, doar os livros que tiver disponível, ou procurar em nosso acervo os livros que a pessoa necessita”. Com a chegada do ano letivo, o “Container com Letras” tem dado ênfase ao compartilhamento de livros didáticos. “É uma forma de ajudar as pessoas, principalmente as mais carentes”, explica Guerra.

Desde janeiro, o container já recebeu mais de 10 mil visitantes, sendo que em um único dia foram compartilhados mais de mil livros. O presidente da Fundac, Mário Fabiano, destacou a importância desta parceria. “É uma das premissas do nosso trabalho oferecer à população o acesso à cultura em todos os seus aspectos. Mas o compartilhamento de livros vai muito além do fomento à cultura. É investir na educação das pessoas, principalmente das crianças. O hábito da leitura e a oferta de conhecimento é saudável e auxilia no processo de cidadania”, conclui.
O projeto “Container com Letras” funciona, atualmente, de segunda a sábado, das 10 às 18 horas, na praça Iria Diniz, e vai permanecer no local até o final de mês de março. O projeto acontece também em Belo Horizonte, na praça da Liberdade, anexo à biblioteca pública municipal da capital. Em breve será instalado um container na região do Barreiro, e a partir do mês de abril, a região de Vargem das Flores (Nova Contagem) também recebe o “Container com Letras”.

Reportagem: Marcelo Grillo
Foto: Divulgação
Publicação: 15/02/2018

Romancista Lino de Albergaria visita escola de Contagem

O autor falou dos clássicos literários e deu dicas aos alunos.

A Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida recebeu o romancista, Lino de Albergaria. O autor teve um bate papo descontraído com os estudantes na biblioteca e arrancou emoções ao citar os clássicos criados por ele.

Aproximadamente 40 alunos dos 6º até os 9º anos, foram selecionados para participar do encontro. A regra para a escolha foi estabelecida pelos professores de acordo com a ficha de cada um na biblioteca. Quem tivesse presença assídua no local, durante o ano letivo, teria lugar garantido no encontro com o escritor. “O encontro de hoje serviu para abrir o conhecimento dos alunos e mostrar o quanto é importante frequentar a biblioteca”, afirma a aluna do 9º ano, Giovana Aguiar Pereira.

Durante o papo, Lino contou um pouco da sua história e de como se tornou um escritor conhecido dentro e fora do país. Falou um pouco da profissão e também dos clássicos: De Paris, com amor; Adeus, escola!; Lia e o sétimo ano. E os recém lançados: Bem-vindos à Casa da Neblina; Na Serra das Lianas; A Ilha do Tempo Perdido e Chá das cinco. “Eu adorei o encontro aqui na biblioteca. O local é provocador no que tange aos livros, ao saber que a mistura das classes, idades e turmas é tão comum aqui na escola, me traz conforto e alegria”, destaca o escritor, Lino de Albergaria.

Para a diretora, Márcia Rocha, o fato de os alunos conhecerem o escritor serviu para provar que no futuro eles serão multiplicadores da leitura. Ela também enfatiza que a presença de escritores nas escolas de Contagem é primordial no desenvolvimento pedagógico dos estudantes. “Eu tenho certeza que essa experiência de hoje dará frutos e acredito também que daqui sairão novos escritores, romancistas e poetas”, explica Rocha.

No final do encontro, Lino deixou uma mensagem para os alunos. Ele disse que os jovens não devem largar o hábito de ler e escrever. “Vamos juntos desvendar os mistérios, aventuras e informações que os livros podem oferecer”, finalizou.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Newton de Castro Resende

Escola promove semana dedicada à leitura

Estudantes levaram as páginas dos livros para o palco. 

A Escola Municipal Professora Júlia Kubitschek de Oliveira está em festa. Durante toda a semana os estudantes participam da Jornada Literária. O evento é regado a apresentações culturais e muita leitura. Houve teatro, dança, contação de histórias, concursos de redação e desenho e declamação de poemas.

Na manhã de hoje (21), os estudantes participaram de um café literário. Em meio às quitandas, salgados, sucos e cafés, eles trocaram experiências sobre obras já lidas. “Os alunos estão muito empolgados, e isso fez aumentar o fluxo de visitas na biblioteca”, explicou Vanusa Cristina de Oliveira, auxiliar de biblioteca da escola.

A Jornada Literária foi idealizada pela professora de português, Adraina Baldoin. A ideia é integrar todos os estudantes, independente da idade. Todos os 328 estudantes da educação infantil e do ensino fundamental estão envolvidos.

O evento será encerrado nesta sexta-feira (22). Haverá apresentação de teatro dos estudantes da educação infantil. Eles vão encenar a peça “Bom Dia Todas as Cores”, fábula que conta a história de um camaleão que vivia mudando de cor para agradar aos amigos. A proposta é mostrar que devemos ouvir as pessoas, mas fazer o que o nos deixa feliz.

Após o teatro, haverá uma grande troca de livros. Os estudantes levaram cerca de 500 exemplares para a escola. As obras ficarão expostas e os alunos poderão levá-las para casa. “A troca de livros tem o propósito de fazer o conhecimento girar. O livro que está guardado na estante de um, vai estar nas mãos de outro”, destacou Vanusa.

A Jornada Literária continua no próximo mês, com a premiação dos vencedores dos concursos de redação e desenho.

Reportagem: Júlio César Santos
Fotos: Divulgação

Escolas podem visitar o Centro Cultural de Contagem

As visitas guiadas são gratuitas e devem ser agendadas.

O Centro Cultural de Contagem está aberto às visitações. As escolas interessadas em levar os estudantes devem fazer o agendamento pelo telefone 3352 5357. São recebidos até 50 alunos. As visitas são guiadas por monitores e ocorrem de 9h às 17h.

A Fundação Cultural de Contagem é um espaço arquitetônico de três casarões com o estilo colonial do século XIX e um com estilo eclético. As casas, que antes funcionavam como comércio da antiga família Rocha, em 1998 foram reformadas e transformadas em patrimônio cultural de Contagem.

A Casa Amarela abriga o grande salão, onde são feitas exposições de artes que valorizam as manifestações artísticas contemporâneas. Nela são expostas obras voltadas para artes visuais como pinturas e fotografias. Na Casa Azul foi construído um teatro com capacidade para 150 pessoas. Já a Casa Rosa abriga Biblioteca Pública Municipal Doutor Édson Diniz.

A visitas são gratuitas. O objetivo é integrar ao contexto escolar as diversas formas e manifestações artísticas, além de promover o hábito da leitura, com o acesso ao acervo público da biblioteca.

Reportagem: Redação Seduc
Foto: Marcelo Grillo