Prezada comunidade escolar, esperamos que estejam todos bem.

Estamos iniciando o último mês do ano de 2020 que, sem dúvidas, foi o mais desafiante desse milênio, até hoje. Temos acompanhado o comprometimento de cada estudante e visto os muitos desafios vencidos para que possamos chegar ao final dessa etapa. CLIQUE AQUI.

Na atividade de hoje, queremos trazer um pouco de Arte para o nosso dia, o que acham? É bem possível que já tenham ouvido falar de Tarsila do Amaral, mas vamos trazer um breve relato biográfico e, ao final, propor uma atividade interativa. Leiam com atenção!

Tarsila do Amaral (1886 -1973)

Tarsila nasceu no município de Capivari, estado de São Paulo, no dia 1º de setembro de 1886. Ela passou a infância na fazenda São Bernardo. Convivia com os animais e a natureza, o que certamente influenciou o seu trabalho artístico, mostrando o Brasil real através das suas pinturas.

Tarsila do Amaral não estava em nosso país na abertura da Semana da Arte Moderna, que aconteceu em São Paulo no ano de 1922, mas acompanhou este movimento através de cartas trocadas com a artista Anita Malfati.

Neste contexto, as novas correntes artísticas de então colaboraram para que os artistas e os homens de cultura participassem de forma mais efetiva pelas expressões da arte.

O Movimento Pau Brasil (1924 -1927) teve origem em Minas Gerais, na viagem feita por Tarsila, acompanhada por: Mário de Andrade, Blaise Cendrars, Godofredo da Silva Telles e Olivia Guedes Penteado. Durante a viagem, a artista faz comentários com muita emoção.

“Senti um deslumbramento diante das decorações populares das casas de moradia de São João Del Rey, Tiradentes, Mariana, Congonhas do Campo, Sabará, Ouro Preto e outras pequenas cidades de Minas Gerais, cheias de poesia popular, retornei à tradição e à simplicidade”.

“Encontrei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Segui o ramerrão do gosto apurado, mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, tudo em gradações mais o menos fortes conforme a mistura de branco”.

Tarsila retrata em suas obras a simplicidade, a realidade do povo e de sua vida cotidiana, utiliza cores marcantes, geometriza as formas e as harmoniza de forma encantadora.

Hora da atividade

A proposta é que vocês, a partir da apreciação das reproduções das obras de Tarsila, escolham uma ou mais com a(s) qual(is) desejem trabalhar, fiquem à vontade. Observem-na (s) atentamente por algum tempo, procurem observar as cores, linhas, formas, perspectiva, volumes. Localizem também as suas dimensões, técnica, ano em que foi/ foram produzida(s).

Agora pensem: se estas obras tivessem sido feitas em nosso tempo, como elas seriam?

Descrevam em seu caderno suas ideias e tente produzi-las artisticamente, tenham em mãos papéis diversos e o material que vocês acharem interessante para a produção da sua obra. Vocês podem utilizar as técnicas da colagem (com areia, com sucata, com papel texturizado, com jornal, revistas etc.), pintura, isogravura (em tecidos), montagem de tridimensional (com sucatas ou outros objetos), desenho (carvão, giz de cera, grafite, lápis de cor).

Enfim, escolham a técnica que mais lhes agradar e produzam sua obra baseada em um dos trabalhos da Tarsila do Amaral, que deixaremos para vocês como sugestão. Caso queiram, podem pesquisar outras possibilidades dos trabalhos da artista. A ideia é que vocês utilizem estas obras como referência para mostrar como ficariam hoje. Para isso, vocês podem utilizar elementos do lugar onde vocês moram, de suas ruas, bairros ou cidade.

Não se esqueçam de compartilhar o resultado do trabalho com sua unidade escolar, nas redes sociais ou no meio de comunicação que foi escolhido pela equipe pedagógica da sua escola.

Habilidades contempladas de Arte, de acordo com o Referencial Curricular de Contagem: H1, H4, H5, H35.

Referências bibliográficas:

AZEVEDO, H. A. Coleção aprendendo com a Arte – Vida e Obra, 4ª ed.,

Volume 1 – Tarsila do Amaral, A primeira Dama da Arte Brasileira, Campinas SP: Árvore do Saber, 2005.