Prefeitura promove Semana de Enfrentamento e Combate ao Racismo

No sábado (19) ocorre a 5ª Marcha de Enfrentamento e Combate ao Racismo.

No último domingo (13), foi celebrada a Abolição da Escravatura, assinada em 1888 pela Princesa Isabel. Porém, a desigualdade racial ainda é frequente no Brasil. Mesmo depois de tanto tempo, ainda há discriminação pelas diferenças sociais, culturais, econômicas e religiosas. E para combater a intolerância, conscientizar e mobilizar os servidores e a população, a Prefeitura de Contagem promove durante o mês de maio a 5ª Marcha de Enfrentamento e Combate ao Racismo, no dia 19, e diversas outras ações.

A marcha, bem como as ações propostas, são fruto de parceria entre as secretarias municipais de Educação (Seduc); Direitos Humanos e Cidadania; Cultura, Esporte e Juventude. Estão programadas diversas ações, como debates, sessões de filmes, seminários com especialistas, festas e atos públicos para conscientizar os moradores da cidade.

Na manhã desta terça-feira (15), dando início aos debates que enfatizam a necessidade da criação de políticas públicas e apontam questões étnicas raciais, foi promovido seminário, no auditório da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), com o tema “Povos e Comunidades Tradicionais: Quilombolas, Indígenas e Ciganos; desafio da política pública no enfrentamento e combate ao racismo”, que contou com a participação de educadores da rede pública.

O coordenador da educação escolar indígena do Estado, Jusnei Xakriaba, foi um dos palestrantes e explicou que a promoção de eventos que debatem as diferenças étnicas é fundamental para assegurar o direito dos povos que ainda lutam pela igualdade. “Eu acredito que a inserção desses temas nas escolas mostra a realidade dos povos que vão além da literatura”, afirma.

A professora da rede municipal, Cristina de Figueiredo, disse que a discussão sobre o combate racial precisa ser disseminada principalmente nas escolas. “As iniciativas sobre esta questão ainda são isoladas e precisam ser valorizadas. Por isso a gestão deve induzir com frequência o diálogo nas unidades de ensino sobre esse assunto para formar cidadãos mais tolerantes às diferenças”, enfatiza.

Para a coordenadora dos Projetos de Diversidade da Seduc, Edirléia Pádua, a reflexão sobre preconceito deve ser discutida na escola porque a luta e resistência étnica e racial é diária. “Falar das diferenças e do empoderamento dos negros, índios, ciganos e outros povos que sofrem discriminações, proporciona que a sociedade se torne mais democrática e tolerante. Nossos alunos e também toda a sociedade devem receber orientações sobre as diferenças e aprender de fato a conviver com elas”.

A coordenadora também lembrou que o apoio da atual gestão permite que as políticas públicas sejam executadas com eficiência. “Para o desenvolvimento de celebrações como esta é primordial o incentivo da gestão municipal. Além de cumprir com o dever, mostra que os representantes do executivo estão de fato preocupados com os moradores da cidade”.

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Reportagem: Nayara Vianna
Foto: Rafael D’Souza
Publicação: 15/05/2018