Patrulha de Proteção Escolar promove capacitação para cultura de paz nas escolas

O Projeto Patrulha de Proteção Escolar da Guarda Civil atua de forma preventiva nas escolas para combater as violências contra crianças, adolescentes e jovens e depredações ao patrimônio escolar. Este ano, mesmo durante a pandemia, o projeto continuou ativo, trabalhando em parceria com a comunidade escolar, para promover mais harmonia e segurança a todos.

Segundo a gerente da Patrulha de Proteção Escolar, Renata Nunes, a ação da guarda nas escolas do município tem duas vertentes: uma preventiva, que identifica situações que causam transtornos ou dificuldades, e uma segunda, que se baseia na intervenção, com propostas de projetos, campanhas e ações educativas nas escolas.

“O trabalho da guarda nas escolas não é só oferecer segurança, mas também de promover uma cultura de paz. Estamos presentes, de uma forma muito mais preventiva, com ações antiviolência. Nossa aproximação pretende formar um laço de cooperação entre os alunos, funcionários e a comunidade local”, explica.

As ações da guarda nas escolas são muitas. Vão desde trabalhar as questões do bullying e da violência na escola, com atividades lúdicas e artísticas, realizar palestras sobre a questão do tabagismo e das drogas, ao incentivo e o envolvimento dos jovens em atividades culturais e esportivas, além do cuidado e zelo com o patrimônio da cidade. “Todas essas ações visam conscientizar a comunidade escolar, com informação, lazer e conhecimento, e promover um ambiente mais saudável e harmônico”, afirma Renata.

O Patrulha de Proteção Escolar está alinhada com o propósito de erradicação do trabalho infantil, com a garantia do acesso seguro às crianças e jovens na escola e na promoção dos direitos humanos. O trabalho é zelar pela segurança, trabalhando a capacitação de toda comunidade escolar. “Ano que vem, nós pretendemos ampliar este trabalho, fazendo reuniões com os pais também, para explicar melhor a nossa atuação na escola, que vai muito além de oferecer segurança”.

A gerente da patrulha explica que as ações da guarda têm um caráter formativo e preventivo, pois estimulam crianças e jovens a terem comportamentos mais empáticos. “Quando uma criança sofre uma violência na escola, por meio do bullying, por exemplo, nós precisamos falar sobre diversidade e respeito. Já quando a criança ou o adolescente é o autor de alguma violência, nós buscamos fazer o encaminhamento social por meio dos Centros de Referência de Assistência Social, Cras ou Creas”.

Segundo Renata, muitas vezes, a violência começa em casa. “Então é preciso investigar se há abusos e violência doméstica. Na maioria das vezes, o que os adolescentes e jovens precisam é do nosso apoio”, avalia.

O projeto também atua junto a outros órgãos e redes de combate à violência. Recentemente, a guarda participou de um webinário sobre o sistema de garantia de direitos na prevenção e no enfrentamento às violências contra as crianças e os adolescentes. O evento, online, teve a participação da OAB, Conselho tutelar, Cras e Creas e Ministério Público. “É muito importante essa articulação com outros órgãos, porque, muitas vezes, precisamos de encaminhar os jovens para serem assistidos pela rede”, explica a gerente.

O trabalho da guarda nas escolas também acontece na patrulha patrimonial, para evitar furtos e roubos. “Este contato com a comunidade escolar é muito importante. Nós pedimos aos pais, funcionários e moradores próximos que nos avisem, sempre que virem uma janela aberta ou algum movimento estranho nas escolas. Assim, nós conseguimos agir com mais rapidez e até prevenir ocorrências de furtos”, ressalta Renata.

Parceria promove mudanças

A diretora da Escola Municipal Maria Silva Lucas, Regina Costa, conta que o trabalho da guarda ajudou a diminuir as pichações, o uso de drogas pelos alunos e os roubos frequentes na escola. “Nós fizemos palestras para os pais, os estudantes participaram de excursões, do desfile e do aniversário da corporação. Também, juntos, guardas e estudantes, pintaram os espaços da escola que estavam pichados. Os laços foram se estreitando e os arrombamentos e ações de vandalismo diminuíram muito. Hoje, não temos registros de ocorrências, e a comunidade tem outra relação com a escola e a guarda”, comemora.

A diretora da Escola Municipal Padre Joaquim de Souza Silva, Juliana Lott, disse que todas as ações e eventos realizados pela guarda, como a banda e o canil, a realização do campeonato de futebol e as palestras sobre drogas, foram muito importantes para prevenção da violência na escola. “A parceria com a coproração aqui é bem forte, há muita interação, incentivo, conversa com alunos e proteção”, afirmou.

Para a diretora do Cemei Jardim Laguna, Renata Azevedo, a parceria tem muita importância porque estabelece uma dinâmica colaborativa e de ampla confiança. “O trabalho da guarda vai além das operações, rondas e patrulhamentos. Em tempos pandêmicos, o verbo “esperançar” é o nosso alicerce. Ter celebrado o nosso retorno presencial com a banda e com apresentação dos cães da guarda foi um momento que resgatou sonhos, permitiu cantar, dançar, brincar e abrir grandes sorrisos, mesmo com máscaras”, disse.

Repórter Adriana Borges

Foto Janine Moraes/PMC