Audiência pública debate melhorias para estudantes com deficiência

Reunião serviu para destacar os direitos dos alunos que possuem autismo.

O plenário da Câmara Municipal de Contagem foi palco, na noite de quarta-feira (16), de Audiência Pública que debateu soluções para o autismo no município. A audiência foi solicitada e presidida pelo vereador Jerson Braga Maia (Caxicó) contou com a participação de autoridades políticas e com o grupo de Apoio a Pais e familiares de Autistas de Contagem (Amais).

Na plenária foram debatidas questões que visam dar tratamento adequado aos estudantes autistas, aqueles que possuem o Transtorno do Espectro Autista (TEA), nas escolas municipais. E o cumprimento da lei 12.764 de 2012, que institui a política nacional de proteção dos direitos da pessoa com autismo.

O vereador Caxicó abriu o debate com um discurso voltado para a tomada de urgência de políticas públicas para as pessoas com deficiência na cidade. “Devemos nos sensibilizar e tomar decisões em prol das crianças e jovens do nosso município. Sou pai e avô e percebo o tanto que a luta por essa causa é justa”, destacou.

O secretário Municipal de Educação, Joaquim Antônio Gonçalves, enfatizou que o desafio é enorme, mas é obrigação do município cuidar das crianças e adolescentes dentro e fora das escolas. “No que cabe à Educação, vamos trabalhar a formação e capacitação de auxiliares de apoio. Queremos que as crianças e jovens exerçam a atividade de aprendizagem que elas têm direito”, explicou.

Quem ficou satisfeita e viu como positiva as falas apresentadas no plenário foi Michele Lopes, empresária e integrante do Amais. Para ela, ter autoridades políticas como aliadas no que tange a inclusão de deficientes é mostrar que o poder público está interessado em saber mais sobre o assunto e trabalhar por ações efetivas. “Pedimos essa audiência para melhorar a saúde, educação e o esporte no autismo. Estamos correndo atrás dos direitos que a lei nos dá. Sou mãe, meu filho é autista e quero igualdade para ele dentro e fora das escolas”, finalizou.

Atualmente 660 auxiliares de apoio, divididos entre estagiários e cuidadores, atuam nas escolas municipais. O auxiliador ajuda nas atividades de locomoção, higiene, alimentação, e prestam auxílio individualizado aos estudantes que não realizam ações com independência. Esse apoio ocorre conforme as necessidades especificas de cada estudante, relacionadas à condição de funcionalidade e não à condição de deficiência.

Reportagem: Leonardo Melo
Foto: Elias Ramos