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Escola Sem Fronteiras certifica imigrantes em Língua Portuguesa

O projeto desenvolvido pela Secretaria de Educação contribui para a inserção dos estrangeiros em Contagem.

O Projeto Escola Sem Fronteiras certificou em Língua Portuguesa, na segunda-feira (11), durante cerimônia na Câmara Municipal, 57 alunos imigrantes. Desenvolvido pela Prefeitura de Contagem desde 2015, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), o Escola Sem Fronteiras estabelece o atendimento a estudantes matriculados ou não na rede municipal. Haitianos e colombianos que se estabeleceram em Contagem nos últimos anos tiveram acesso ao Programa de Língua Estrangeira (PLE) ministrado na Escola Municipal Maria Silva Lucas, na Regional Ressaca, durante um ano.

Segundo a subsecretária municipal de Ensino, Dagmá Brandão Silva, a Seduc vem fortalecendo o Escola Sem Fronteiras porque acredita que toda pessoa que mora em Contagem precisa ser cuidada e acolhida. “Este projeto tem esta característica do trato da diversidade e da diferença. Ao ofertar a formação em Português para estrangeiros, propiciamos para essas pessoas a construção da Língua Portuguesa. A certificação na língua não tem caráter de escolarização, pois o objetivo é fazer a inserção na cidade, no país. Nós temos pessoas aqui que já são formadas em curso superior e estão aprendendo a língua para ter acesso aos bens materiais e culturais”, disse.

O haitiano Louis Novinxonn chegou em Contagem em junho de 2017 e foi acolhido no curso em 2018. Ele conta que assim venceu as dificuldades em se estabelecer no novo país e aprendeu rápido o português. “Estou muito feliz em conseguir. Já estou trabalhando, gostando do Brasil e pretendo ficar mais tempo para conseguir ajudar minha família no Haiti”, contou.

Conforme explica a diretora de Educação das Relações Étnico-raciais e Direitos Humanos da Seduc, Rosângela Silva, no período de 2010 a 2014, Contagem recebeu o maior número de imigrantes da Região Metropolitana de Belo Horizonte, uma população estimada em 2 mil pessoas, sobretudo de nacionalidade haitiana. “Neste contexto, foi criado o Escola Sem Fronteiras, para garantir o acolhimento adequado aos imigrantes quanto ao acesso, permanência e progressão escolar viabilizando o diálogo entre a escola, familiares e comunidade por meio do ensino da Língua Portuguesa”, disse.

O professor haitiano e presidente da Associação Kore Ayisyen, Phanel Georges, ajuda a comunidade haitiana em Contagem no processo de integração. Para ele, o projeto é essencial à medida que possibilita o contato educacional e cultural das famílias e facilita a inserção das crianças, garantindo o direito universal à Educação.

Reportagem: Vanessa Trotta
Foto: Elaine Castro
Publicacao: 12/03/2019

Mães que acompanham de perto a vida escolar dos filhos recebem presente de escola de Contagem

As participantes do projeto “Mães que Acolhem” visitaram dois museus em Belo Horizonte

A Escola Municipal Vereador Jésu Milton dos Santos, da Regional Industrial, promoveu uma excursão para na Casa FIAT de Cultura e para o Museu de Artes e Ofícios (MAO), em Belo Horizonte. Mas se engana quem acha que a programação foi voltada para os estudantes. O passeio foi destinado para as mães dos alunos que participam do projeto “Mães que Acolhem”.

O projeto surgiu em março deste ano e reúne mães que participam de forma ativa do cotidiano da escola. O passeio foi uma forma de oferecer cultura e diversão para essas mulheres.

Na Casa FIAT de Cultura, as visitantes puderam conhecer a exposição: “São Francisco – Na Arte de Mestres Italianos”. As 40 mães apreciaram obras da era Renascentista e do Barroco de autores consagrados como Tiziano Vecellio, Perugino, Orazio Gentileschi, Guido Reni, Guercino e Cigoli. “Foi uma experiência única poder sair do meu bairro, vir até Belo Horizonte e ter a chance de entrar pela primeira vez numa exposição tão rica e belíssima como esta”, destaca a mãe e também educadora infantil, Clicia Alves de Oliveira.

Já No Museu de Artes e Ofícios elas tiveram a chance de conhecerem a história do trabalhador brasileiro. A dona de casa, Tereza Freitas, ficou encantada com as exposições. “A escola se preocupou em nos oferecer um passeio didático e com isso podemos conhecer cultura e lugares diferentes”, esclarece.

Para a vice-diretora, Magda Antunes, o projeto “Mães que Acolhem” proporcionou uma aproximação da família às escolas. “As mães têm saído da zona de conforto e adquirido diversas experiências já que elas acompanham a vida pedagógica dos filhos. Nós também damos a oportunidade para que elas aprendam e desenvolvam o censo crítico por meio de palestras e debates”, finalizou.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Geraldo Tadeu
Publicação: 08/10/2018

Funec Riacho realiza VI Mostra de Tecnologia

Evento reúne diversos projetos de iniciação científica

Durante toda a semana ocorre na Fundação de Ensino de Contagem (Funec), unidade Riacho, a VI Mostra de Tecnologia. O evento reúne projetos dos estudantes do 1º ao 3º ano do Médio Integrado e Concomitante. O objetivo é incentivar o trabalho de iniciação científica e prática profissional.

A Mostra faz com que os estudantes desenvolvam competências e habilidades que favoreçam sua inserção na sociedade e no mercado de trabalho. “O projeto favorece o trabalho em equipe e ajuda os nossos jovens a chegarem também ao mercado de trabalho. Os conhecimentos técnicos proporcionam bagagem e conhecimento na criação de projetos que poderão solucionar demandas dentro da nossa sociedade”, destaca o professor de Informática, Evandro Rosa.

Quem passa pelos corredores da escola, pode conferir os projetos expostos. Também são realizadas palestras sobre as novas modalidades de mercado e tecnologia. Cada aluno preocupou em fomentar pesquisa e aplicação de novas tecnologias. O estudante do 3º ano, João Guimarães, criou um jogo no qual o participante incorpora um humano que procura manter o status de sobrevivente em meio a um ambiente hostil, na pré-história. Para João, o game vai despertar no jogador o interesse pela história de maneira prática e divertida. “Eu acredito que o jovem de hoje possa aprender também por meio dos jogos eletrônicos. Quando colocamos um certo realismo dentro dessa temática favorecemos a criatividade e também o ensino”, explica.

O grupo do 1º ano, denominado “Ecologic Turtle”, desenvolveu um site em que o idioma inglês e noções sobre meio ambiente são ensinados de maneira prática e bem humorada. A ideia é beneficiar adolescentes entre 12 e 14 anos para que eles possam aprender a língua com mais facilidade. “O projeto da minha equipe propõe ajudar de maneira simples os estudantes, principalmente os que enfrentam dificuldades em aprender a língua inglesa. Com o idioma fluente eles estarão mais preparados para o Ensino Médio”, finalizou a estudante Núbia Moreira Diniz.

Confira mais fotos da Mostra AQUI.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Geraldo Tadeu
Publicação: 04/10/2018

Seduc será parceira em projeto da OAB Subseção de Contagem

A secretária de Educação de Contagem, Sueli Baliza, esteve presente e fez uma explanação a respeito dos avanços conquistados pela rede municipal de ensino

A 83ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Contagem lançou na noite dessa quarta-feira (26) o projeto “OABC do Direito”, que será executado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. A proposta é levar lições de cidadania com temas relacionados ao Direito para os jovens contagenses.

“O grande objetivo é levar cidadania aos jovens que estão nas escolas do município”, destaca o presidente da 83ª Subseção da OAB Contagem, Sanders Alves Augusto. Ele explica ainda que a intenção é que o projeto alcance a comunidade escolar como um todo, envolvendo os pais dos estudantes, professores e os diretores.

A secretária de educação de Contagem, Sueli Baliza, destaca a relevância do projeto para a comunidade escolar. “Serão abordados assuntos do direito que dizem respeito a vida em sociedade e que naturalmente têm uma relação direta com os nossos estudantes – o que devem e podem fazer enquanto cidadãos na vida escolar e no dia a dia”, detalha.

Além de representar o prefeito de Contagem, Alex de Freitas no evento, Baliza fez uma explanação a respeito dos avanços conquistados pela rede municipal pela atual gestão, iniciada em 2017. “Uma das principais conquistas são as Escolas em Tempo Integral. E o nosso objetivo é ampliar ainda mais as ofertas delas no município”, frisou.

Reportagem: Edivaldo Miranda
Foto: Geraldo Tadeu
Publicação: 27/09/2018

Estudantes participam de projeto sobre educação nutricional

Escolas interessadas em receber o projeto podem procurar a Seduc

Os estudantes da Escola Municipal Sônia Braga da Cruz Ribeiro Silva, da Regional Nacional, tiveram uma aula sobre bons hábitos alimentares, promovida pela Diretoria de Merenda Escolar, da Secretaria Municipal de Educação (Seduc). As turmas do 1º ao 3º anos participaram de jogos lúdicos e assistiram a um filme sobre a temática.

A Seduc tem se preocupado com a saúde alimentar das crianças e adolescentes nas escolas. Dessa forma, tem levado uma equipe de nutricionistas para ministrar palestras e interagir de forma lúdica com os estudantes. Os alunos do turno da tarde puderam assistir a um filme sobre a importância das frutas, iogurtes e pães no o desjejum. A animação contava a história de uma garotinha que conversava com os alimentos. Ela retravava o quanto é importante comer bem pela manhã e também durante o restante do dia.

As crianças também brincaram com um jogo de perguntas e respostas sobre bem-estar e alimentação saudável. “Eu aprendi que as verduras sempre devem estar no prato. Quanto mais colorida estiver a refeição é melhor para a saúde”, afirma o estudante do 2º ano, Jonatha Luiz Silva Moreira.

As atividades de educação nutricional têm mostrado o quanto os estudantes estão atentos aos cuidados com a alimentação escolar. “A interação com os alunos é do início ao fim e os resultados são surpreendentes. A proposta é sempre plausível ao falarmos da alimentação adequada com crianças”, destacou a nutricionista da Seduc, Andreia Braga.

Os diretores que quiserem a visita das nutricionistas nas escolas devem entrar em contato com a Seduc. O telefone é 3352 9668.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Geraldo Tadeu
Publicação: 13/09/2018

Estudantes e educadores da Funec apresentarão pesquisas em congresso de saúde

Congresso vai reunir trabalhos de pesquisadores de todo o mundo

Estudantes e educadores da Fundação de Ensino de Contagem (Funec), Unidade Centec, foram selecionados para apresentarem dois projetos de pesquisa no 52º Congresso da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML).

O projeto dos estudantes 3º ano integrado do curso de Análises Clínicas, André de Freitas Moreira e Marcela do Santos Matozinhos foi selecionado entre seis mil trabalhos desenvolvidos por outros estudantes e profissionais de todo o mundo. São diversos temas voltados para a saúde.

Os estudantes da Funec vão falar sobre a Prevalência dos Estudos Renais em Alunos do Ensino Médio Público. O trabalho aborda os riscos da deficiência da alimentação ou dieta inadequada a base de alimentos industrializados, ricos em sódio, associada à baixa ingestão de água por estudantes.

Os adolescentes fizeram um mapeamento sobre os hábitos alimentares dos estudantes do 2º e 3º anos na Funec Centec e Funec Riacho. “A gente procurou relacionar a rotina de cada estudante ao impacto que ela tem na hidratação e alimentação dentro da escola. E também como essa rotina, as vezes estressante, pode trazer males ao dia a dia daquele aluno”, afirma André.

Por meios de exames laboratoriais os resultados mostraram que 80% dos estudantes não estão alimentando corretamente e consumindo a quantidade de água recomendada, que são de três litros diários. Os resultados foram tabulados após exames de urina e creatinina. “Por estarmos preocupados com essa geração, vimos que o brasileiro de maneira geral tem deixado a saúde, colocando em primeiro plano a rotina. Atitude que pode causar complicações no futuro”, finalizou Marcela.

Dois educadores da Funec Centec também foram selecionados para apresentarem projetos no congresso. A pesquisa intitulada como “Validação dos Glicosímetros” foi desenvolvida pela professora e bióloga, Cynthia Alessandra Bello e pelo vice-diretor, Reinaldo Nogueira. O trabalho afirma que o resultado de exame de glicose será confiável e o equipamento terá longa duração quando o glicosímetro for mantido limpo e bem acondicionado. “Há uma ideia que o aparelho de medição de glicose há prazo de validade. Contradizemos quando apresentamos as técnicas de armazenamento. Os cuidados adequados com o aparelho fazem com que ele apresente resultados idênticos aos exames que são realizados em laboratórios”, explica Cynthia.

Os educadores realizaram a pesquisa com aparelhos de diversas marcas. Todos os glicosímetros foram expostos às mesmas condições de armazenamento e cuidados. Os pesquisadores concluíram que independente do tempo de uso ou da marca não há divergências nos resultados quando os aparelhos estão bem acondicionados.

O 52º Congresso da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial será realizado entre os dias 25 e 28 de setembro em Florianópolis, Santa Catarina. “A gente fica orgulhoso em meio a tantos projetos termos sido selecionados. Isso evidencia os indicadores da qualidade de ensino na Funec”, destaca o vice-diretor, Reinaldo Nogueira.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Geraldo Tadeu
Publicação: 24/07/2018

Estudantes de Contagem produzem livro literário

Obra faz parte de um projeto para desenvolver a leitura e escrita.

A Escola Municipal Cândida Rosa do Espírito Santo, da Regional Industrial, tem como premissa incentivar a prática da leitura e escrita. A instituição desenvolve diversos projetos literários voltados para os estudantes da educação infantil e ensino fundamental.

Um dos projetos chamou a atenção. A auxiliar de biblioteca, Gessiely Souza Silva, junto com a equipe pedagógica, prepararam a criação de um livro colaborativo. A obra foi desenvolvida por estudantes de uma sala do 5º ano. O objetivo foi trabalhar o senso crítico, leitura, escrita, percepção de vida e a criatividade.

A narrativa foi baseada no contexto da obra “A Pequena Vendedora de Fósforos”, do escritor e poeta dinamarquês, Hans Christian Andersen. Os estudantes tiveram a missão de transformar a história em um contexto social que precisa ser solucionado. Eles criaram o roteiro do “O Pequeno Catador de Lixo”. A obra relata as mazelas vividas por uma parcela da população nos grandes centros.

Os estudantes foram desenvolvendo o enredo, construindo os textos e as ilustrações. “O mais incrível foi colocar o aluno como ator do processo. A importância que teve esse livro no dia de seu lançamento foi grande e pude perceber que durante o processo de criação eles mostraram um grande potencial organizacional, escrita, leitura e criatividades nos desenhos”, afirmou Gessiely Souza.

O livro foi editado e hoje ocupa um das prateleiras da biblioteca da escola. “O legado que ficou vai render novos frutos. O resultado foi gratificante e proporcionou bastante experiência aos estudantes em relação à escrita e à leitura”, destacou a diretora da escola, Renata Carla Diniz.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Geraldo Tadeu
Publicação: 10/07/2018

Estudantes da Funec desenvolvem projeto que visa auxiliar no aprendizado da matemática

A pesquisa foi destaque na Feira de Ciências da Universidade Federal de Viçosa

Dois estudantes da Fundação de Ensino de Contagem (Funec), unidade Centec, desenvolveram um projeto que visa facilitar o estudo e o aprendizado da matemática. A metodologia consiste em utilizar elementos de outras disciplinas na resolução de equações e fórmulas.

O projeto “Formação Humana na Matemática” foi criado pelos estudantes do 2º ano de Química, Sulamita Divina Gomes e Victor Domingues de Menezes. Nasceu depois de uma amostragem que apontou a dificuldade dos alunos em aprender matemática. Foram entrevistados 100 adolescentes, entre 15 e 18 anos.

Para os estudantes que desenvolveram o estudo, a memorização de fórmulas matemáticas é mais eficiente quando se usa conceitos lúdicos, música e jogos. Além da melhoria do aprendizado, a projeto conclui que a utilização de atividades interativas despertar nos estudantes o interesse pela disciplina. “Pensamos em levar uma ideia em que todos os estudantes tivessem interesse por uma disciplina que é importantíssima em nossas vidas. Queremos motivar alunos e também professores, na formação de cidadãos”, destacou a estudante, Sulamita Divina.

A pesquisa foi orientada pela professora de filosofia, Neusa Aparecida. A professora foi uma das incentivadoras da proposta de integrar disciplinas para na construção do conhecimento. “Quando eu fiquei sabendo do tema quis me envolver ao máximo. O método é eficaz e mostra que é possível em unir as ciências humanas e exatas”, afirmou Neusa.

Destaque na UFV
O projeto foi apresentado na 4ª Feira de Ciências, Tecnologia, Educação e Cultura da Universidade Federal de Viçosa (FECITEC/UFV), em Florestal. A equipe ficou em um estande individual e apresentou a proposta para avaliadores, universitários e visitantes. “Quando levamos a nossa proposta fomos confiantes em espertar o interesse por nova forma de ensino”, enfatizou o estudante, Victor Domingues.

A feira é uma das mais famosas do estado. É conhecida por desenvolver e consolidar as relações acadêmicas de ensino, pesquisa e cultural. Além de estimular o desenvolvimento de atividades de iniciação científica e cria oportunidades para que os jovens do ensino fundamental, médio e técnico entrem em contato com diferentes culturas e profissionais, especialmente educadores e cientistas.

Reportagem: Leonardo Melo
Foto: Newton de Castro Resende

Alunos plantam ensinamentos e colhem alimentos saudáveis

Horta criada em escola abastece a cantina e a comunidade do bairro Tupã

Além da sala de aula, Katleen Magalhães, de 11 anos, adora participar das atividades na horta comunitária da Escola Municipal Hilda Nunes, no bairro Tupã, em Contagem. No cantinho onde ficam os canteiros de verduras, cercados de árvores, ela e outros 290 alunos aprendem técnicas de plantio.

Há um ano é executada a atividade extracurricular. Depois dos ensinamentos em sala de aula sobre a importância da alimentação saudável, os estudantes seguem para a horta. Eles participam de todo o processo, que vai da preparação da compostagem ao plantio e colheita.

Tudo é supervisionado pelo coordenador Elias Machado. Ele ensina como preparar a terra e o adubo, colocar as mudas e sementes e a forma correta de colher. A iniciativa tem mudado o comportamento da comunidade. “O bairro tem uma característica muito rural, casas com quintal. Os alunos aplicam o que aprendem aqui e as famílias têm a oportunidade de uma alimentação mais saudável”, destaca Elias.

Cada turma é responsável por um canteiro. São pelo menos 12 variedades de verduras, legumes e frutas. Entre uma explicação e outra, os alunos saboreiam o que é cultivado. Mas a regra é clara: para não haver desperdício, só pode colher o que já está no ponto. “Eu adoro ficar no pé de acerola. Tem ar fresco e a fruta é gostosa”, diz Katleen, do 6º ano.

Receitas
As atividades na horta são uma vez por semana. Na hora da colheira é uma festa. Depois de tudo separado, chega o momento de saborear. Os estudantes vão para a cantina e preparam receitas. Dá de tudo: bolos, sucos e sobremesas.

Por fazer parte do currículo escolar, as noções pedagógicas não ficam de fora. Na horta são aplicados conceitos de matemática, português, ciências e biologia. A diretora Adriane Silva ressalta que a atividade deixa o aprendizado mais interessante.

Alguns ingredientes da merenda deixaram de ser desprezados. “Os alunos passaram a aceitar mais alguns legumes e até cobram o verdinho no prato”, afirma a diretora. O projeto ultrapassa os muros da escola. O que sobra, abastece as geladeiras de quem mora na comunidade.

Pelo menos duas vezes por semana a filha de Luciane da Costa, aluna do 5º ano, leva pra casa uma sacola com verduras e legumes. “É uma economia. O dinheiro que ia para o sacolão é guardado para comprar uma outra coisa”, comemora Luciane.

Prêmio
A Hilda Nunes fica em uma região de mananciais. A escola e o bairro Tupã foram inscritos em um projeto ambiental da Copasa chamado “Cultivando Água Boa”. Por causa das ações desenvolvidas pela escola, a comunidade foi contemplada com recursos do governo federal.

A Agência Nacional das Águas (ANA) vai destinar R$ 350 mil à comunidade. Os recursos serão administrados pela Copasa, que promoverá melhorias no bairro e cursos de capacitação para os moradores. A Escola Hilda Nunes será o polo do projeto. Nela, serão desenvolvidas diversas oficinas, como cultivo de alimentos orgânicos, capacitação de agentes para conservação de solos e águas.

“A gente espera que com as oficinas a comunidade possa aprender novos ofícios e consequentemente ter uma fonte alternativa de renda”, afirma Rogério Sepúlveda, assessor da diretoria da Copasa. A previsão é a de que as oficinas sejam ministradas neste ano. As capacitações serão para moradores do Tupã, mas poderão beneficiar as comunidades vizinhas.

Reportagem: Júlio César Santos
Fotos: Geraldo Tadeu