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Professor da rede municipal de ensino lança lista de livros de autores contagenses

O professor Frederico Lopes listou dez livros escritos por contagenses

Desde março deste ano, a vida se transformou e vivemos um “novo normal” em razão da pandemia do novo coronavírus, que trouxe para o cotidiano o isolamento social. Mas, por mais que a Covid-19 tenha devastado economias e vidas, a nova realidade fez também brotar reflexões sobre o papel da arte como canal de sobrevivência e resistência.

O professor de sociologia na Funec Nova Contagem Frederico Lopes, cinéfilo e amante das artes, tem aproveitado a pandemia do novo coronavírus para organizar listas de filmes e livros para disseminar o conhecimento. Juntamente com Gabriel Vinicius, ator e membro da Companhia Literária de Contagem, Lopes listou dez livros que têm em comum o fato de ter como autores moradores de Contagem.

Anteriormente, o docente havia elencado uma lista de dez produções cinematográficas de jovens cineastas contagenses, algumas delas premiadas em festivais de cinema nacionais e internacionais. “Um espectro ronda a quarentena, é o sentimento coletivo de angústia. Para os que puderam ficar em casa, o isolamento não tem sido fácil. Talvez a grande descoberta que me sucedeu nessa pandemia, posso viver sem restaurante, shopping, avião e até boteco, mas não posso viver sem música, filme e poesia” disse.

Confira a lista dos livros:

1. “Colorido só por fora”
“Colorido só por fora”, de Jessé Duarte, é um livro de contos que mistura realismo fantástico e literatura regional. A obra posiciona pequenas situações da cidade de Contagem, construindo narrativas populares que podem ir desde diálogos sobre a construção ou não de um teatro até a história de uma execução sumária na periferia da cidade. Ao misturar as crenças populares com uma estética realista, Jessé constrói a perspectiva de uma cidade industrial, como tantas outras no mundo, cujas vozes são silenciadas. Devido ao sucesso editorial, a edição encontra-se esgotada, contudo, alguns contos podem ser lidos no blog do autor: clique aqui

2. “Inutrealidade”
“Inutrealidade: teatro aos que têm fome”, de Marcelo Dias Costa, é uma coletânea, de apenas dois textos, que abre a discussão sobre as relações humanas degradadas pela sociedade capitalista. O teatro de Marcelo costura personagens destituídas de sua humanidade, como em o “Estado da Besta”, no qual o personagem principal é incapaz de lembrar o próprio nome e atende pelo número da matrícula no trabalho, e em “Revoada”, no qual os personagens encontram-se em um mundo de caos e destruição e não conseguem perceber por que a luz do mundo acabou. Uma metáfora clara dos tempos que correm. Para adquirir este best-seller (Marcelo vende mais livro que Augusto Cury) você deverá se encontrar com o próprio autor pelos bares da cidade. Enquanto isso não é possível, por conta da pandemia, você pode assistir o próprio Marcelo contando um trecho do livro aqui

3. “Pensando Fora do Eixo”
“Pensando Fora do Eixo: escritos de Nova Contagem”, lançado em 2019, é uma obra coletiva por excelência. Escrito por mais de cinquenta mãos – entre estudantes, funcionários, professores, mães e ex-alunos da Funec Nova Contagem – essa pequena grande obra apresenta contos, poesias e ilustrações para pensar e agir fora do eixo, trazendo a periferia para o âmago central. O livro foi patrocinado pelo Fundo Municipal de Cultura (FMC) de Contagem. Para adquirir o livro e ter mais informações sobre o projeto, acesse aqui

4. “Meu Cabelo Não é Pro Seu Governo”
“Meu cabelo não é pro seu governo”, livro de estreia da professora e escritora Monique Pacheco, lançado ano no passado, tem enfoque infantil, mas com temática pra lá de séria, atraindo atenção também dos adultos: a ditadura da beleza. O livro traz a história de Iza, uma menina que nasceu coroada, com cachos esbeltos e voz erguida. Um dia, em ato revolucionário, Iza lê em voz alta na escola o “Estatuto do Cabelo”, lembrando Angela Davis, para quem todo black é power. Com singelas ilustrações de Suellen Ferreira da Silva, artista betinense, o livro pode ser adquirido diretamente com a autora: clique aqui

5. “Com o Coração na Boca”
“Com o coração na boca”, de Vinícius Fernandes Cardoso, traz um lirismo digno de Vinícius de Moraes e um jogo de versos que lembra os poemas de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa. As poesias situam a perspectiva de um poeta andarilho, que insiste na quixotesca missão de amar em um mundo sem amor. Vinícius Cardoso, cientista social de formação e poeta de coração, apresenta ousadia em seu apanhado poético, incluindo a fundação da Academia Contagense de Letras, no ano de 2001. Para adquirir o livro e saber mais sobre o autor, acesse sua enciclopédia literária AQUI

6. “Poesias Polêmicas”
Amador Madalena Maia, carteiro e poeta, nascido no Alto Vera Cruz e morador de Contagem, lançou em 2017 seu segundo livro, “Poesias Polêmicas: para a valorização das mulheres e da família – Poesias contra o assédio e o feminicídio”. O objetivo da obra, nas palavras do próprio autor, é “incluir os homens e a literatura no combate à violência contra a mulher”, trazendo à tona a benção do ser feminino no universo. O livro teve apoio da Prefeitura de Contagem, através do Fundo Municipal de Cultura (FMC), e foi publicado pela Editora Literato. Exemplares da obra estão disponíveis gratuitamente na Biblioteca Cultura do CapaBode.

7. “Beijos de Marfim”
Lançado pela Sangre Editorial, “Beijos de Marfim” é uma coletânea de 44 poemas da escritora e professora contagense Ana Paula Sobrinho. Com diagramação e editoração exemplar, a obra é um requinte poético, onde os beijos são ato e potência, simples e intensos. “Versejo aos meus amores-pétreos, perolados e suspensos. Arrebatadores de mim”. Gostou? Para saber mais, acesse aqui

8. ‘Em Busca das Origens”
“Em Buscas das Origens”, publicado em dezembro de 2018 pelo escritor Antônio Vieira de Castro, é um romance misterioso que trata dos mistérios da vida. A obra, de base espiritista, busca — como o próprio título afirma — revelar os segredos que envolvem o surgimento do ser humano no planeta Terra. Antônio Vieira de Castro, sogro do artista Fernando Perdigão, escreve uma obra de ficção, que, entretanto, realiza um diálogo entre a ciência, a literatura e a religião. O livro pode ser encontrado em livrarias digitais.

9. “Kustom do Urro ao Berro
“Kustom do urro ao berro”, lançado em 2016, é o terceiro livro do escritor contagense Marcelo Dias. Uma peça de teatro distópica e uto pica ao mesmo tempo, que narra entre o pessimismo e otimismo, a realidade humana. Kustom! Para barrar o sistema. O livro pode ser encontrado em livrarias virtuais.

10. ‘apenaSeu’
“O desconforto do conforto é o impulso para mudar”. E no ímpeto para mudar é que o jornalista Felipe Pedrosa, contagense de nascimento e criação, publicou o livro “apenaSeu”, com poesias breves e singelas, que levam ao conforto e desconforto da reflexão. Para ter acesso ao pequeno livro com extensos pensamentos é só clicar aqui

Reportagem: Carolina Brauer
Foto: Stella Oliveira
Publicação: 05/08/2020

Contagem promove escolha unificada de livros didáticos

Seleção contou com a participação dos educadores da rede municipal de ensino

A Secretaria Municipal de Educação realizou o processo de escolha dos livros didáticos que serão adotados em 2019 nos anos inciais do Ensino Fundamental – 1º aos 5º anos e para a Educação Infantil (Manual para o professor).

Neste ano, o MEC, por meio do Programa Nacional do Livro e do Material Didático – PNLD, estabeleceu novas regras. O município poderá adotar um único manual didático em cada disciplina para toda a rede de ensino. Esse novo formato traz inúmeras vantagens, pois permite organizar o currículo no município, além de otimizar a distribuição e controle dos livros didáticos.
O processo foi discutido em reuniões ocorridas no mês de julho com os dirigentes que, por sua vez, se comprometeram a discutir e orientar a equipe pedagógica sobre todo o processo de escolha.

Em seguida os dirigentes enviaram à Seduc a relação de obras indicadas pelas respectivas unidades escolares.
Cerca de 74% das unidades de Educação Infantil e do Ensino Fundamental (1º ao 5º) participaram da 1ª fase da escolha. A utilização dos exemplares terão vigência de quatro anos.

Após análise dos dados de votação, a Secretaria de Educação publicou no site Estuda Contagem a relação dos três títulos mais votados pela Rede. Os educadores participaram de uma nova votação indicando, dentre os três títulos mais votados, um único título referente a cada componente curricular.

Após a votação foram apresentados os dois títulos mais votados por componente curricular e portanto, os escolhidos pelo município. Na sequência os dirigentes escolares realizaram o registro das obras no site do PDDE Interativo.

Para a Educação Infantil, os manuais serão dirigidos apenas ao público docente, de forma a orientar o planejamento de ações pedagógicas adequadas a esta faixa etária. Quanto aos anos 1º ao 5º, há distribuição tanto para os docentes quanto para estudantes. No LINK você tem acesso aos títulos.

A Secretaria agradece a todos os envolvidos neste processo, conscientes de que a escolha do PNLD transcorre dentro dos princípios da ética, da responsabilidade da transparência, fundamentais em uma cidade democrática como Contagem.

Foto: Geraldo Tadeu
Publicação: 24/09/2018

Estudantes de Contagem produzem livro literário

Obra faz parte de um projeto para desenvolver a leitura e escrita.

A Escola Municipal Cândida Rosa do Espírito Santo, da Regional Industrial, tem como premissa incentivar a prática da leitura e escrita. A instituição desenvolve diversos projetos literários voltados para os estudantes da educação infantil e ensino fundamental.

Um dos projetos chamou a atenção. A auxiliar de biblioteca, Gessiely Souza Silva, junto com a equipe pedagógica, prepararam a criação de um livro colaborativo. A obra foi desenvolvida por estudantes de uma sala do 5º ano. O objetivo foi trabalhar o senso crítico, leitura, escrita, percepção de vida e a criatividade.

A narrativa foi baseada no contexto da obra “A Pequena Vendedora de Fósforos”, do escritor e poeta dinamarquês, Hans Christian Andersen. Os estudantes tiveram a missão de transformar a história em um contexto social que precisa ser solucionado. Eles criaram o roteiro do “O Pequeno Catador de Lixo”. A obra relata as mazelas vividas por uma parcela da população nos grandes centros.

Os estudantes foram desenvolvendo o enredo, construindo os textos e as ilustrações. “O mais incrível foi colocar o aluno como ator do processo. A importância que teve esse livro no dia de seu lançamento foi grande e pude perceber que durante o processo de criação eles mostraram um grande potencial organizacional, escrita, leitura e criatividades nos desenhos”, afirmou Gessiely Souza.

O livro foi editado e hoje ocupa um das prateleiras da biblioteca da escola. “O legado que ficou vai render novos frutos. O resultado foi gratificante e proporcionou bastante experiência aos estudantes em relação à escrita e à leitura”, destacou a diretora da escola, Renata Carla Diniz.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Geraldo Tadeu
Publicação: 10/07/2018

Incentivo à leitura por meio do compartilhamento de livros

Projeto “Container com Letras” facilita o acesso de livros literários e didáticos

Facilitar o acesso à literatura e ampliar as possibilidades de estudo para crianças, jovens e adultos. Estes são os objetivos do projeto “Container com Letras”, em parceria com a Prefeitura de Contagem, por meio da Fundação de Cultura (Fundac).

Desde o mês de novembro, o container se encontra no município e vem recebendo um grande número de pessoas, que contribuem com doações, trocas e aquisições de livros didáticos e literários. Instalado, a princípio, na praça da Jabuticaba, o projeto integrou as festividades de final de ano na Cidade Encantada, recebendo um número aproximado de 200 visitantes por dia, para compartilhar exemplares de livros das mais diversas áreas.

“O compartilhamento é um processo de troca permanente”, explica o coordenador do projeto, Wiler Guerra. “Nosso trabalho é oferecer ao público oportunidades de estudo, leitura e lazer, sem custo algum, através da troca. Basta vir ao container, doar os livros que tiver disponível, ou procurar em nosso acervo os livros que a pessoa necessita”. Com a chegada do ano letivo, o “Container com Letras” tem dado ênfase ao compartilhamento de livros didáticos. “É uma forma de ajudar as pessoas, principalmente as mais carentes”, explica Guerra.

Desde janeiro, o container já recebeu mais de 10 mil visitantes, sendo que em um único dia foram compartilhados mais de mil livros. O presidente da Fundac, Mário Fabiano, destacou a importância desta parceria. “É uma das premissas do nosso trabalho oferecer à população o acesso à cultura em todos os seus aspectos. Mas o compartilhamento de livros vai muito além do fomento à cultura. É investir na educação das pessoas, principalmente das crianças. O hábito da leitura e a oferta de conhecimento é saudável e auxilia no processo de cidadania”, conclui.
O projeto “Container com Letras” funciona, atualmente, de segunda a sábado, das 10 às 18 horas, na praça Iria Diniz, e vai permanecer no local até o final de mês de março. O projeto acontece também em Belo Horizonte, na praça da Liberdade, anexo à biblioteca pública municipal da capital. Em breve será instalado um container na região do Barreiro, e a partir do mês de abril, a região de Vargem das Flores (Nova Contagem) também recebe o “Container com Letras”.

Reportagem: Marcelo Grillo
Foto: Divulgação
Publicação: 15/02/2018

Dia Nacional da Leitura: data representa o exercício da imaginação

O dia 12 de outubro foi o escolhido para lembrar a todos sobre a importância da leitura.

Nesta quinta-feira (12), é comemorado o Dia Nacional da Leitura. E é de pleno dever que crianças, jovens e adultos nunca percam o hábito de ler. É por meio da leitura que desenvolvemos o senso crítico, aprimoramos o vocabulário, dinamizamos o raciocínio e a interpretação de textos.

Alguns estudiosos explicam que o costume de ler começa na infância. É nessa idade que a vida começa, tudo é novo, e quando entregamos um livro ou revista em quadrinho na mão de uma criança ela adquire a curiosidade de ler o conteúdo apresentado.

Para a bibliotecária da Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, Mary Ângela, ver os alunos entusiasmados com os livros não há preço que pague. “Fico emocionada e me orgulho de poder proporcionar através da leitura momentos de encanto”, destaca Mary.

O secretário Municipal de Educação, Joaquim Antônio Gonçalves, fala da improtância da leitura para o desenvolvimento dos alunos.

“Certamente é uma ideia feliz fazer coincidir o Dia da Criança com o Dia Nacional da Leitura. Celebrar as crianças e os livros, num mesmo dia, só nos ajuda a fortalecer a convicção da importância que a leitura tem, especialmente a literária, para a formação das pessoas, desde a infância.

A importância da literatura é inconteste. Como arte da palavra e com o seu compromisso com a liberdade, a literatura incide sobre a formação do espírito crítico, fortalecendo a consciência daquilo que somos – nossa identidade cultural -, exprimindo diferentes conteúdos que nos espelham ou questionam, confrontando-nos com nossa existência e suas contradições, com suas riquezas e possibilidades. A literatura mobiliza a imaginação, os sentimentos e as emoções, criando diversas possibilidades de leitura e compreensão do texto e do mundo, além de acionar uma série de conhecimentos daquele que lê. A leitura literária é uma das experiências mais importantes de promoção de intercâmbios com o universo da cultura nas suas infinitas possibilidades.

Nas palavras de Bartolomeu Campos de Queirós, participar da leitura literária é um direito, porque a literatura interroga a vida, a existência, a condição humana e coloca o leitor em diálogo com a fantasia, com o mundo das possibilidades, com suas capacidades de inventar. A literatura, assim, democratiza o poder de criar, recriar, imaginar, romper o limite do provável.

Por sua relevância, a leitura literária, no âmbito da escola, tem assumido uma importância inédita, gerado políticas públicas, pesquisas e debates no campo educacional brasileiro e internacional.

Uma premissa fundamental para o trabalho com a leitura literária na escola é que o professor seja, ele mesmo, um leitor literário. É por meio do seu encantamento com o mundo dos livros, da fantasia e da magia que eles evocam, das possibilidades de interação com o outro que o interroga através da escrita, que o professor poderá despertar, em seus alunos, o desejo de viver essas experiências que a leitura literária promove.

É com base nesses pressupostos, e acreditando no caráter humanizador, cultural, social e histórico da literatura, que a Secretaria Municipal de Educação de Contagem tem investido na política de leitura da rede. Ainda em 2017, todas as escolas e UMEIs receberão um Kit Literário para iniciar a composição de uma biblioteca em cada sala de aula. Os livros serão distribuídos na proporção de um para cada duas crianças ou estudantes. Nosso objetivo é potencializar a formação de nossas crianças e estudantes por meio do desenvolvimento pleno de sua competência leitora na perspectiva literária”.

Joaquim Antônio Gonçalves – Secretário Municipal de Educação

Reportagem: Leonardo Melo
Arte: Renata Coura

Troca de livros literários agita escola de Contagem

Ação tem o objetivo incentivar o hábito da leitura.

A mesa montada no centro da sala estava repleta de livros. Todos a disposição de pais e estudantes. O evento, intitulado “Escambo Cultural” foi realizado pela Escola Municipal Machado de Assis. Durante um mês, os participantes entregaram livros na escola. Para cada exemplar, a pessoa recebia uma ficha. No dia do evento, os convidados puderam trocar os tickets por obras literárias.

O escambo foi idealizado pela bibliotecária da Escola Municipal Machado de Assis, Lucy Fernandes. Tem a proposta de fazer com que os livros que já foram lidos cheguem às outras pessoas. “O conhecimento tem que circular. Aquele livro que deixou de ser novidade para um é uma boa pedida para o outro”, destaca o diretor da escola, Ilton César Vieira.

Dezessete turmas da escola participaram do evento. Os exemplares foram separados por categorias. Havia um espaço para pais e professores e outro apenas para os alunos. Segundo a direção da escola, cerca de 800 livros foram trocados. A interação agradou tantos os participantes que o diretor já prepara um próximo encontro. “Essa ação faz com que os estudantes leem mais. Ver um colega entregar um livro para o escambo desperta a vontade de participar”, finaliza.

Reportagem: Júlio César Santos
Fotos: Divulgação

Contação de história leva diversão, leitura e combate ao medo

Alunos ficaram encantados com a forma teatral apresentada pelo projeto “Trilhas da História”

O Cemei Darcy Ribeiro, situado no Vargem das Flores, recebeu na última terça-feira (16) o projeto “Trilhas da História”, onde houve contações de histórias aos alunos de 3 a 5 anos. O programa é ligado à Secretaria Municipal de Educação (Seduc) e tem como objetivo levar aos estudantes acesso diferenciado à literatura, contribuindo para o hábito de ler. O tema abordado na contação foi a lenda folclórica brasileira “Tutu Marambá”. A fantasia em formato de teatro serviu também para mostrar aos estudantes que não se deve ter medo em situações na vida.

Oriunda do nordeste brasileiro, a história do Tutu Marambá é uma cantiga popular também usada como história infantil. Em alguns casos é contada de forma “aterrorizante” para aqueles que não querem dormir. “Por meio dessa história conseguimos trabalhar o medo das crianças. O nosso objetivo é mostrar que a lenda é divertida e que não precisam temer. Queremos torná-las conscientes no combate ao medo”, explica Izabel Cristina Rocha, arte-educadora.

Os 125 alunos presentes deram boas gargalhadas e mostraram-se animados com a peça. Quem se divertiu com a história e está ansioso em poder ler um pouco sobre o tutu foi o aluno Arthur Guilherme de Souza. “Eu gostei muito da forma como a contadora brincou com a gente. Eu fiquei feliz em conhecer a história e vou ler o livro”, destaca.

A proposta da Seduc é executar o projeto em todas as escolas da rede. As contações de histórias são às terças, quartas e quintas-feiras. Os diretores devem solicitar a visita na Seduc. Os temas são selecionados pela equipe do Programa de Leitura. “A contação é uma vivência diferente na vida deles. O bairro é situado numa região carente, quando trazemos o pessoal da Seduc pensamos como o entretenimento pode levar felicidade e aprendizado aos alunos”, finaliza a diretora Sandra Aparecida Silva.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Newton de Castro Resende

Lecy, o poeta da Escola Municipal Giovanini Chiodi

Prestes a lançar seu terceiro livro, escritor busca incentivar jovens na leitura e na escrita

O auxiliar de biblioteca, Lecy Pereira Sousa, trabalha  há 10 anos na Escola Municipal Giovanini Chiodi, situada em  Vargem das Flores. Ele possui uma paixão em querer falar da vida cotidiana em forma de poema. Já publicou dois livros, um deles foi lançado no Palácio das Artes em Belo Horizonte e está prestes a lançar um terceiro periódico. É conhecido também por cuidar do espaço onde os alunos usam da imaginação e aprendem histórias dos clássicos literários.

Na escola, ele trabalha com o intuito de levar os seus textos para os quatro cantos do país. Teve um blog que deu bagagem para ficar conhecido e atualmente possui um perfil no Facebook onde publica textos. Dois de seus poemas já saíram no projeto Pão e Poesia, criado por Diovani Mendonça. A ideia era colocar poemas em sacos de pão e distribuir por Belo Horizonte e região metropolitana. Cerca de 500 crianças e adolescentes foram impactados. Hoje, mais de 1 milhão foram distribuídos em padarias.

O trabalho chegou inclusive a receber o prêmio Mídia Livre do Governo Federal. Foi convidado a se apresentar na Academia Mineira de Letras onde recitou poesias de sua autoria. Participou do Leitura para Todos em ônibus,  projeto criado pela UFMG na capital mineira.

É com esse vasto currículo que Lecy mantém o ânimo em continuar o seu sonho de levar a poesia para o povo contagense e expandir para todo o Brasil. O contrato com a produtora já foi assinado e, breve, haverá o lançamento do seu terceiro livro. “Eu sou multiplicador daquilo que faço. Acredito na leitura e escrita como forma de expressão. O meu trabalho visa impactar jovens e dar incentivo para escreverem  sobre o que gostam”, explica.

A direção da escola acredita e incentiva as obras do poeta. “O trabalho dele afeta as pessoas positivamente. Por meio dos versos de Lecy as crianças buscam sonhar. O trabalho que ele realiza na escola é gratificante”, afirma a vice-diretora Silésia Silva.

Os textos do poeta podem ser lidos direto em sua conta no Facebook.  

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Luiz Henrique Grossi