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Lançamento de livro com contos autorais coroa todo o esforço e dedicação dos “Pensadores Fora do Eixo”

Grupo formado pela comunidade escolar da Funec Nova Contagem obteve recurso e publicação está prevista para o fim deste ano.

Formado pela comunidade escolar da Funec Nova Contagem para incentivar a leitura e escrita, o grupo “Pensadores Fora do Eixo” se prepara para um grande salto no infinito campo do conhecimento. Vai publicar um livro com contos assinados, ilustrados e diagramados pelos seus componentes. A publicação é fruto dos encontros semanais na Biblioteca Cora Coralina, da instituição de ensino, para debates sobre os textos produzidos pelos integrantes do coletivo.

Com mais de 20 componentes, entre alunos, ex-alunos, professores, a bibliotecária da Funec e representantes da comunidade escolar – de Nova Contagem e vilas do entorno -, o “Pensadores Fora do Eixo” já produziu 13 contos. A expectativa é a de que mais dois sejam acrescentados ao livro, previsto para ser lançado no final deste ano. Quem não participa da produção dos textos contribui em outras frentes, como as ilustrações e diagramações.

As decisões editoriais sobre o conteúdo do livro são tomadas em conjunto. A publicação será financiada com recursos do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (FMIC), integrante do Sistema Municipal de Cultura, Esporte e Juventude por meio de edital publicado neste ano. Foram captados R$ 8 mil e a estimativa é a de que sejam impressos 154 exemplares.

“Nos inscrevemos para conseguir o recurso e ficamos em um lugar bem alto na lista de aprovados”, destaca Lucas Thiago dos Santos. Aluno do 3º da Funec Nova Contagem, ele é um dos organizadores do livro, ao lado dos professores Frederico Alves Lopes e Márcia Cristina de Andrade.

Além do esforço para captar recursos para a impressão, Lucas Thiago cuida dos trâmites burocráticos. Mas ele destaca que a obtenção da verba foi graças à ajuda de todo o grupo.

Continuidade

O jornalista Yuri Soares, ex-aluno da Funec Nova Contagem, faz parte do “Pensadores Fora do Eixo”. Mesmo egresso da instituição de ensino, ele continua participando das ações de incentivo à leitura e escrita da Biblioteca Cora Coralina. “O grupo de comunicação Cora Coralina surgiu em 2016 como meio para que alunos da escola pudessem falar sobre o cotidiano escolar e de incentivo às doações de livros para aumentar o acervo da biblioteca. No final daquele ano conseguimos obter mais de 300 obras doadas”, disse.

Segundo Yuri, outra proposta do grupo era criar uma nova perspectiva ante a visão que associava a biblioteca a um lugar de castigo, para onde os alunos são levados como punição a possíveis transgressões. “A gente queria tirar um pouco dessa visão e manter a biblioteca aberta, que é o local em que a gente faz nossas leituras, compartilha nossos textos autorais, de autores clássicos ou pouco conhecidos. A proposta continua. O grupo vem crescendo ao longo dos anos, alunos entram e saem e as pessoas amadurecem ali dentro”, aponta o jornalista.

Clara Vitória Resende, aluna do 3º ano e que assina contos no livro, faz planos para tão o sonhado dia de autógrafos. “Quando surgiu a oportunidade do lançamento do livro eu não achei que fosse algo tão sério e grande. Desenvolvemos o projeto, conseguimos verba e no final deste ano estarei autografando. Sempre quis escrever um livro e não imaginava que seria tão rápido (risos). Eu brinquei com os meus amigos que 2019 seria meu ano e que eu conseguiria tudo que eu queria. E está dando tudo certo”, comemora.

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Reportagem: Carolina Brauer
Foto: Adelcio R. Barbosa
Publicação: 14/08/2019

Contagem promove escolha unificada de livros didáticos

Seleção contou com a participação dos educadores da rede municipal de ensino

A Secretaria Municipal de Educação realizou o processo de escolha dos livros didáticos que serão adotados em 2019 nos anos inciais do Ensino Fundamental – 1º aos 5º anos e para a Educação Infantil (Manual para o professor).

Neste ano, o MEC, por meio do Programa Nacional do Livro e do Material Didático – PNLD, estabeleceu novas regras. O município poderá adotar um único manual didático em cada disciplina para toda a rede de ensino. Esse novo formato traz inúmeras vantagens, pois permite organizar o currículo no município, além de otimizar a distribuição e controle dos livros didáticos.
O processo foi discutido em reuniões ocorridas no mês de julho com os dirigentes que, por sua vez, se comprometeram a discutir e orientar a equipe pedagógica sobre todo o processo de escolha.

Em seguida os dirigentes enviaram à Seduc a relação de obras indicadas pelas respectivas unidades escolares.
Cerca de 74% das unidades de Educação Infantil e do Ensino Fundamental (1º ao 5º) participaram da 1ª fase da escolha. A utilização dos exemplares terão vigência de quatro anos.

Após análise dos dados de votação, a Secretaria de Educação publicou no site Estuda Contagem a relação dos três títulos mais votados pela Rede. Os educadores participaram de uma nova votação indicando, dentre os três títulos mais votados, um único título referente a cada componente curricular.

Após a votação foram apresentados os dois títulos mais votados por componente curricular e portanto, os escolhidos pelo município. Na sequência os dirigentes escolares realizaram o registro das obras no site do PDDE Interativo.

Para a Educação Infantil, os manuais serão dirigidos apenas ao público docente, de forma a orientar o planejamento de ações pedagógicas adequadas a esta faixa etária. Quanto aos anos 1º ao 5º, há distribuição tanto para os docentes quanto para estudantes. No LINK você tem acesso aos títulos.

A Secretaria agradece a todos os envolvidos neste processo, conscientes de que a escolha do PNLD transcorre dentro dos princípios da ética, da responsabilidade da transparência, fundamentais em uma cidade democrática como Contagem.

Foto: Geraldo Tadeu
Publicação: 24/09/2018

Bienal do Livro incentiva a leitura em todas as idades

Evento movimentou o Centro de Memória do Trabalhador.

O Centro de Memória do Trabalhador da Indústria recebeu no último final de semana a 2ª Bienal do Livro de Contagem, maior evento literário da cidade. Promovido pelo Sítio Escola 4 Elementos, teve o apoio da prefeitura.

A programação foi diversificada. Houve palestras, rodas de bate papo, espaço kids e contação de história. Além disso, foi uma grande oportunidade para a aquisição de livros a preços acessíveis.

A servidora pública Viviane Souza saiu de Belo Horizonte com os filhos para visitar a feira e saiu encantada com o evento e com o Centro de Memória do Trabalhador. “Trouxe meus filhos para incentivá-los ao hábito da leitura. Hoje em dia, as crianças quase não leem, ficam muito tempo conectados aos smartphones e aos jogos. Adorei a Bienal e fiquei impressionada com esse espaço, não sabia que Contagem tinha um lugar tão lindo para receber eventos”, disse.

O empresário Junior José Martins, do bairro Inconfidentes, levou a família ao evento para incentivar os filhos para o gosto pela leitura. “Graças a Deus, minha filha mais velha sempre gostou de ler. Vim trazer a Geovana, que tem 5 anos e está aprendendo a ler. Temos que introduzir a literatura dentro de casa, pois ela é importante no desenvolvimento das crianças, ajudando no aprendizado e na formação do caráter”, disse.

Reportagem: Daniel Paiva
Foto: Geraldo Tadeu

Escola promove semana dedicada à leitura

Estudantes levaram as páginas dos livros para o palco. 

A Escola Municipal Professora Júlia Kubitschek de Oliveira está em festa. Durante toda a semana os estudantes participam da Jornada Literária. O evento é regado a apresentações culturais e muita leitura. Houve teatro, dança, contação de histórias, concursos de redação e desenho e declamação de poemas.

Na manhã de hoje (21), os estudantes participaram de um café literário. Em meio às quitandas, salgados, sucos e cafés, eles trocaram experiências sobre obras já lidas. “Os alunos estão muito empolgados, e isso fez aumentar o fluxo de visitas na biblioteca”, explicou Vanusa Cristina de Oliveira, auxiliar de biblioteca da escola.

A Jornada Literária foi idealizada pela professora de português, Adraina Baldoin. A ideia é integrar todos os estudantes, independente da idade. Todos os 328 estudantes da educação infantil e do ensino fundamental estão envolvidos.

O evento será encerrado nesta sexta-feira (22). Haverá apresentação de teatro dos estudantes da educação infantil. Eles vão encenar a peça “Bom Dia Todas as Cores”, fábula que conta a história de um camaleão que vivia mudando de cor para agradar aos amigos. A proposta é mostrar que devemos ouvir as pessoas, mas fazer o que o nos deixa feliz.

Após o teatro, haverá uma grande troca de livros. Os estudantes levaram cerca de 500 exemplares para a escola. As obras ficarão expostas e os alunos poderão levá-las para casa. “A troca de livros tem o propósito de fazer o conhecimento girar. O livro que está guardado na estante de um, vai estar nas mãos de outro”, destacou Vanusa.

A Jornada Literária continua no próximo mês, com a premiação dos vencedores dos concursos de redação e desenho.

Reportagem: Júlio César Santos
Fotos: Divulgação

Escola Doutor Sabino Barroso inaugura espaço de leitura

Área foi projetada para aproximar os estudantes de obras literárias.

O novo espaço da Escola Municipal Doutor Sabino Barroso está fazendo sucesso entre os estudantes. Com grama sintética, bancos coloridos e prateleiras lúdicas, o “cantinho da leitura” foi construído para incentivar o hábito de ler. “A gente quis montar um espaço atraente e aconchegante. Os alunos ficam encantados e ão querem sair daqui”, comentou a diretora, Valdete Braga.

O espaço foi inaugurado com festa. Pais e alunos participaram das comemorações. Houve sorteio de brindes, brincadeiras, contação de histórias e até sessão de autógrafos. O estudante Davi Lucas Costa, de 6 anos, está no 1º ano e aproveitou para lançar o livro “As aventuras de Jerry”, que conta as história de um garoto que viaja no tempo e no espaço. A escola auxiliou na impressão de 45 exemplares. Hoje, o título faz parte do acervo do cantinho da leitura.

O espaço é voltado para crianças de 5 a 11 anos. Ele é utilizado durante atividades extraclasses e também no período do recreio. Os estudantes se divertem com a variedade de livros. São 250 exemplares que ficam em uma estante que simula um castelo. Além disso, o cantinho conta com diversos fantoches, que são usados em peças de teatro.

A comunidade aprovou a ação e espera que o espaço seja bastante utilizado. De acordo com a diretora, a interação no local será intensa. “Queremos fazer que mais e mais estudantes tomem o gosto pela literatura. A sessão de autógrafos do Davi foi um sucesso e outros alunos querem sentir essa experiência. Tanto que um estudante do 4º ano já começou a escrever um livro”, comemorou.

Reportagem: Redação Seduc
Fotos: Elias Ramos

Estímulo à leitura na rede municipal por meio da ventriloquia

Meta do projeto executado pelo Santander é atender 1.200 alunos de cinco escolas.

Alunos da Escola Municipal Doutor Sabino Barroso não desgrudaram os olhos da apresentação de ventriloquia. Eles lotaram a quadra da instituição de ensino do bairro Betânia para participar da contação de histórias. O Projeto Escola Brasil (PEB), é promovido pelo Banco Santander, em parceria com a Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Seduc).

A contadora e youtuber Bruna Vieira, animou os mais de 100 estudantes que estavam na plateia. Utilizando instrumentos musicais na ventriloquia, contou a fábula “A vaca que botou um ovo”, do autor britânico Andy Cutbill. “Eu adorei o teatro, a mágica da corda, e espero que ela volte para nos com mais histórias”, disse a aluna Alice Cunha Pereira.

A meta é levar o projeto para cinco escolas de Contagem. “É a primeira vez que trazemos esse projeto para a cidade. Queremos incentivar os alunos o hábito de ler e escrever, para a sensação de satisfação plena”, destaca Wingryd Abjaudi, representante do Santander.

Além das apresentações, o projeto contempla as escolas com obras literárias. Segundo Wingryd, além da Doutor Sabino Barroso, outras escolas municipais de Contagem, como Dona Babita Camargos, Eli Horta Costa, José Lucas Filho e Estudante Leonardo Sadra também receberão títulos. Serão cerca de 30 livros para cada instituição.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Newton de Castro Resende

 

Dia Nacional do Livro Infantil é comemorado em Contagem

Clássico de Monteiro Lobato foi apresentado em forma de teatro a alunos da educação infantil

O Sítio do Pica-pau Amarelo nunca esteve tão perto da Escola Municipal Professor Hilton Rocha. Nesta terça-feira (18), 67 alunos do 2ª ciclo foram ao parque Gentil Diniz participar de uma nova edição da contação de história. O evento abordou um dos clássicos da literatura em comemoração ao Dia Nacional do Livro Infantil, quando também é celebrado o Dia de Monteiro Lobato.

A atividade faz parte do projeto Trilhas da História, da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), iniciado em março. Neste semestre, vai contemplar os estudantes do ensino infantil. Além da contação de histórias, há apresentação de músicas clássicas infantis e brincadeiras.

“O projeto faz parte do ano letivo e queremos que as crianças tenham o hábito de ler e aprender sobre os clássicos de Monteiro Lobato”, ressalta a pedagoga Joelma da Silva. A estudante Camila Andrade que não tirou os olhos da personagem Dona Benta, que após entrar em cena contou histórias que arrancaram risos da plateia. “Eu adoro a Dona Benta, mas eu me vejo como a Emília. Sou alegre como ela”, diz Camila.

“A escola tem que deixar a imaginação tomar conta do ambiente em que os estudantes vivem”, finaliza Richard Coelho, diretor da Professor Hilton Rocha.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Ricardo Lima

Professores incentivam e aguçam a criatividade de estudantes na produção literária

Nathan, estudante de Contagem, escreve o livro “A Formiga Andante”

Descobrir talentos na arte da escrita é um papel importante do professor. Sua função além de educar é dar incentivo e mostrar ao educando o quanto ele pode desenvolver projetos que visam o bem comum na comunidade. Dessa maneira, os professores da Escola Municipal Prefeito Sebastião Camargos, no bairro Granja Vista Alegre, em Contagem, trabalham com programas de cunho pessoal e levam o conhecimento além da sala de aula.

Descoberta do potencial de Nathan

Os educadores perceberam que o menino do 3ª ano do ensino fundamental, chamado Nathan Parreiras Faria, de apenas 8 anos, trabalhava a escrita com cuidado e usava desenhos variados para expressar situações cotidianas. A professora que leciona na turma, Carla Constâncio, viu o potencial que ele podia ter e deu-lhe autonomia para que criasse uma fábula chamada “A Formiga Andante”. A história conta a aventura do inseto que tenta pegar um doce para levar ao formigueiro. “Eu procurei conhecer o aluno. Fui conversar com seus pais, tentei conhecê-lo melhor, e passei a incentivá-lo e aguçar a sua criatividade com o objetivo de dar o aval na produção de um livro”, conta a professora.

Casos de estudantes muito silenciosos em sala de aula são relatados por diversos profissionais nas redes de ensino. E assim é Nathan em classe, silencioso e atento. “Através do silêncio do aluno eu pude perceber o quanto ele gosta de ler e escrever. Isso só foi descoberto quando eu o vi trabalhando numa história infantil. Foi então que vimos que ele tinha potencial para algo maior do que ele vinha produzindo”, disse. A pedagoga também justifica que crianças desinibidas podem não produzir tais projetos comparados com garotos (as) tímidas.

Jovens como Nathan são reconhecidos por professores e alunos em diversas escolas espalhadas pelo país. Casos assim servem como espelho para a produção e criação de conteúdo nas redes de ensino. O profissional da educação deve ficar atento ao que os seus alunos produzem ou querem fazer. É importante que quem leciona participe do dia a dia do aluno na escola. A dedicação deve existir para aprimorar o aprendizado.O livro foi feito em parceria com professores da escolas e já foram distribuído 30 exemplares.

A pedagoga Regiane Martins destaca que surgem trabalhos inusitados, inovadores e que essas ideias devem ser difundidas. Ela acredita que cada aluno possui potencial para criar e mostrar trabalhos como o do livro. “As próximas gerações desta escola vão usar o exemplo do Nathan. Eu percebo que a comunidade foi tocada pelo trabalho dessa criança”, explicou.

A importância da presença dos pais deve estar atrelada ao trabalho dos filhos. A mãe do Nathan, Luyza Richelly, dona de casa, confirma que o apoio para os estudos veio de dentro da sua casa. O incentivo de estudar deve vir também dos pais. Ela conta que controla os horários para atividades fora da escola, pois acredita que fazendo isso influencia o filho a estudar e exercitar a mente para a criação de novos projetos. “O trabalho em casa é fundamental para o desenvolvimento das crianças na escola”.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Elias Ramos