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Estímulo à leitura na rede municipal por meio da ventriloquia

Meta do projeto executado pelo Santander é atender 1.200 alunos de cinco escolas.

Alunos da Escola Municipal Doutor Sabino Barroso não desgrudaram os olhos da apresentação de ventriloquia. Eles lotaram a quadra da instituição de ensino do bairro Betânia para participar da contação de histórias. O Projeto Escola Brasil (PEB), é promovido pelo Banco Santander, em parceria com a Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Seduc).

A contadora e youtuber Bruna Vieira, animou os mais de 100 estudantes que estavam na plateia. Utilizando instrumentos musicais na ventriloquia, contou a fábula “A vaca que botou um ovo”, do autor britânico Andy Cutbill. “Eu adorei o teatro, a mágica da corda, e espero que ela volte para nos com mais histórias”, disse a aluna Alice Cunha Pereira.

A meta é levar o projeto para cinco escolas de Contagem. “É a primeira vez que trazemos esse projeto para a cidade. Queremos incentivar os alunos o hábito de ler e escrever, para a sensação de satisfação plena”, destaca Wingryd Abjaudi, representante do Santander.

Além das apresentações, o projeto contempla as escolas com obras literárias. Segundo Wingryd, além da Doutor Sabino Barroso, outras escolas municipais de Contagem, como Dona Babita Camargos, Eli Horta Costa, José Lucas Filho e Estudante Leonardo Sadra também receberão títulos. Serão cerca de 30 livros para cada instituição.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Newton de Castro Resende

 

Estudantes de Contagem participam do Salão do Livro Infantil e Juvenil de MG

Participantes podem conhecer os lançamentos, conversar com autores e participar de atividades culturais.

Sessenta estudantes da Escola Municipal Machado de Assis visitaram o Salão do Livro Infantil e Juvenil do Estado de Minas Gerais. As crianças e adolescentes tiveram a oportunidade de conhecer os estandes com as variedades literárias e os lançamentos que prometem fazer os leitores se emocionarem. Além do passeio pelos corredores, repletos de obras, os participantes puderam conversar com autores, ouvir histórias e assistir peças teatrais. A estudante Maria Eduarda Pereira, de 11 anos, ficou encantada. “Os livros te levam para vários lugares. É muito interessante”, destacou.

A terceira edição do evento é realizada no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, em Belo Horizonte e até o fim de semana deve ser visitada por 100 mil pessoas. Duzentas editoras participam do Salão. De acordo com os organizadores, o objetivo é aproximar o público infantil e juvenil e da literatura e dos autores. A bibliotecária da escola Machado de Assis, Lucy Oliveira, participou de diversas atividades com os estudantes. “Trazer os pequenos para viver esse momento é muito gratificante”, exclamou Lucy.

Para visitar o Salão do Livro, os estudantes do Machado de Assis passaram por uma seleção. O diretor da escola definiu que os alunos que mais frequentaram a biblioteca esse ano seriam contemplados com o passeio “Quando promovemos o incentivo à leitura, a gente percebe que o movimento na biblioteca aumenta e nossos alunos se tornam mais produtivos”, explicou Ilton César Vieira.

O Salão do Livro Infantil e Juvenil de Minas Gerais vai até domingo (20). O Parque Municipal Américo Renné Giannetti fica na avenida Afonso Pena, 1377, centro, Belo Horizonte. O Salão funciona de quarta à sexta de 8h30 às 20h, sábado e domingo de 9h às 20h. A entrada é gratuita. Mais informações no site do evento ou pelo telefone 3241-2177.

Reportagem: Júlio César Santos
Fotos: Divulgação

Troca de livros literários agita escola de Contagem

Ação tem o objetivo incentivar o hábito da leitura.

A mesa montada no centro da sala estava repleta de livros. Todos a disposição de pais e estudantes. O evento, intitulado “Escambo Cultural” foi realizado pela Escola Municipal Machado de Assis. Durante um mês, os participantes entregaram livros na escola. Para cada exemplar, a pessoa recebia uma ficha. No dia do evento, os convidados puderam trocar os tickets por obras literárias.

O escambo foi idealizado pela bibliotecária da Escola Municipal Machado de Assis, Lucy Fernandes. Tem a proposta de fazer com que os livros que já foram lidos cheguem às outras pessoas. “O conhecimento tem que circular. Aquele livro que deixou de ser novidade para um é uma boa pedida para o outro”, destaca o diretor da escola, Ilton César Vieira.

Dezessete turmas da escola participaram do evento. Os exemplares foram separados por categorias. Havia um espaço para pais e professores e outro apenas para os alunos. Segundo a direção da escola, cerca de 800 livros foram trocados. A interação agradou tantos os participantes que o diretor já prepara um próximo encontro. “Essa ação faz com que os estudantes leem mais. Ver um colega entregar um livro para o escambo desperta a vontade de participar”, finaliza.

Reportagem: Júlio César Santos
Fotos: Divulgação

Aprendizado e muita descontração em roda de poesia

Ação faz com que estudantes tomem gosto pela leitura.

Fim de tarde, chá, biscoitos e muita poesia. Parece um encontro de amigos mas é uma atividade da Escola Municipal Maria do Amparo. Uma vez por ano, os estudantes afastam as carteiras, fazem uma roda na sala para recitar e ouvir poemas e poesias. O projeto, intitulado “Chá com Leitura” foi idealizado pelo professor de ensino religioso, Marcos Antônio da Cruz e tem o objetivo de aproximar os alunos da literatura. “Gosto de ressaltar os valores e os sentimentos na minha disciplina. Procuro fazer com que os alunos tenham essas percepções que devem ser aplicadas no dia a dia.”, destacou Marcos.

Os temas são livres. Entre um biscoito e um chá, que ficam disponibilizados no canto da sala, um estudante levanta, vai até o centro da sala e faz a leitura. Em seguida começa a roda de debates. Todos podem opinar sobre os textos. O projeto promove uma grande interação. Além dos estudantes, professores e até os pais entram na roda. “Com o projeto comecei a ter o hábito de ler e a minha escrita melhorou. Acredito que iniciativas como essas podem nos transformar e nos fazer crescer”, ressaltou o estudante John Vitor dos Santos Reis.

Noventa alunos do 7º ano participaram do “Chá com Leitura”. A interação é grande. Em determinados momentos são formadas duplas e cada particpante pode ouvir um poema de forma exclusiva. São utilizados canos de pvc coloridos que são colocados sobre os ouvidos do colega. A atitude é chamada de “cochicho poético”. Assessora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação Cleire Cristina Pinto Silva foi uma das convidadas e aprovou a experiência. “A sensação de interagir com os estudantes é muito boa. Aproximar alunos e professores é maravilhoso, ainda mais com projetos que incentivam o hábito de ler”, explicou.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Newton de Castro Resende

Contação de história leva diversão, leitura e combate ao medo

Alunos ficaram encantados com a forma teatral apresentada pelo projeto “Trilhas da História”

O Cemei Darcy Ribeiro, situado no Vargem das Flores, recebeu na última terça-feira (16) o projeto “Trilhas da História”, onde houve contações de histórias aos alunos de 3 a 5 anos. O programa é ligado à Secretaria Municipal de Educação (Seduc) e tem como objetivo levar aos estudantes acesso diferenciado à literatura, contribuindo para o hábito de ler. O tema abordado na contação foi a lenda folclórica brasileira “Tutu Marambá”. A fantasia em formato de teatro serviu também para mostrar aos estudantes que não se deve ter medo em situações na vida.

Oriunda do nordeste brasileiro, a história do Tutu Marambá é uma cantiga popular também usada como história infantil. Em alguns casos é contada de forma “aterrorizante” para aqueles que não querem dormir. “Por meio dessa história conseguimos trabalhar o medo das crianças. O nosso objetivo é mostrar que a lenda é divertida e que não precisam temer. Queremos torná-las conscientes no combate ao medo”, explica Izabel Cristina Rocha, arte-educadora.

Os 125 alunos presentes deram boas gargalhadas e mostraram-se animados com a peça. Quem se divertiu com a história e está ansioso em poder ler um pouco sobre o tutu foi o aluno Arthur Guilherme de Souza. “Eu gostei muito da forma como a contadora brincou com a gente. Eu fiquei feliz em conhecer a história e vou ler o livro”, destaca.

A proposta da Seduc é executar o projeto em todas as escolas da rede. As contações de histórias são às terças, quartas e quintas-feiras. Os diretores devem solicitar a visita na Seduc. Os temas são selecionados pela equipe do Programa de Leitura. “A contação é uma vivência diferente na vida deles. O bairro é situado numa região carente, quando trazemos o pessoal da Seduc pensamos como o entretenimento pode levar felicidade e aprendizado aos alunos”, finaliza a diretora Sandra Aparecida Silva.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Newton de Castro Resende

Lecy, o poeta da Escola Municipal Giovanini Chiodi

Prestes a lançar seu terceiro livro, escritor busca incentivar jovens na leitura e na escrita

O auxiliar de biblioteca, Lecy Pereira Sousa, trabalha  há 10 anos na Escola Municipal Giovanini Chiodi, situada em  Vargem das Flores. Ele possui uma paixão em querer falar da vida cotidiana em forma de poema. Já publicou dois livros, um deles foi lançado no Palácio das Artes em Belo Horizonte e está prestes a lançar um terceiro periódico. É conhecido também por cuidar do espaço onde os alunos usam da imaginação e aprendem histórias dos clássicos literários.

Na escola, ele trabalha com o intuito de levar os seus textos para os quatro cantos do país. Teve um blog que deu bagagem para ficar conhecido e atualmente possui um perfil no Facebook onde publica textos. Dois de seus poemas já saíram no projeto Pão e Poesia, criado por Diovani Mendonça. A ideia era colocar poemas em sacos de pão e distribuir por Belo Horizonte e região metropolitana. Cerca de 500 crianças e adolescentes foram impactados. Hoje, mais de 1 milhão foram distribuídos em padarias.

O trabalho chegou inclusive a receber o prêmio Mídia Livre do Governo Federal. Foi convidado a se apresentar na Academia Mineira de Letras onde recitou poesias de sua autoria. Participou do Leitura para Todos em ônibus,  projeto criado pela UFMG na capital mineira.

É com esse vasto currículo que Lecy mantém o ânimo em continuar o seu sonho de levar a poesia para o povo contagense e expandir para todo o Brasil. O contrato com a produtora já foi assinado e, breve, haverá o lançamento do seu terceiro livro. “Eu sou multiplicador daquilo que faço. Acredito na leitura e escrita como forma de expressão. O meu trabalho visa impactar jovens e dar incentivo para escreverem  sobre o que gostam”, explica.

A direção da escola acredita e incentiva as obras do poeta. “O trabalho dele afeta as pessoas positivamente. Por meio dos versos de Lecy as crianças buscam sonhar. O trabalho que ele realiza na escola é gratificante”, afirma a vice-diretora Silésia Silva.

Os textos do poeta podem ser lidos direto em sua conta no Facebook.  

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Luiz Henrique Grossi