Sala de aula vira espaço para debater o combate ao racismo

O assunto gerou diversos debates entre os estudantes do 7º ao 9º ano.

O combate ao racismo é um tema bastante difundido dentro da sociedade e tem levantado debates em todas as esferas. Pensando em trazer o assunto para as salas de aula, uma professora de português convidou um ex-aluno, que hoje faz militância pelas redes sociais, para dialogar com estudantes da Escola Municipal Padre Joaquim de Souza Silva, da Regional Ressaca.

Tudo começou com a professora Giselle Moreira Silva Gomes, que trabalhou com os seus estudantes uma resenha crítica sobre o filme Pantera Negra, da Marvel. A professora observou que os alunos tinham certa dificuldade em poder expressar sobre o que era racismo. Eles não conseguiam definir as causas e como aconteciam atos racistas em nossa sociedade.

Dessa forma, por conhecer o trabalho que é feito pelo ex-aluno, e sua militância, Giselle convidou o cantor e modelo, Luís Henrique Saldanha, ou Lúh Henry como gosta de ser chamado, para debater o tema com os alunos do 7º ao 9º anos. “A ideia do nosso trabalho é o empoderamento negro e combate ao racismo. Queremos que cada jovem mantenha a sua identidade sem ter vergonha do que são e de onde vem”, destaca Giselle Moreira.

Por ser um debate amplo e o filme ter dado uma certa abertura para o processo de aprendizagem do assunto, Lúh Henry conversou com os alunos sobre a importância de que cada um deles se aceite, da forma como são, e não tenham vergonha de se expressarem, de acordo com aquilo que acreditam ou pensam. “Eu quero poder ajudar na formação e aceitação de pensamento de identidade que cada criança ou adolescente deve ter sobre si. Hoje sabemos que o racismo está enraizado em muitas situações no mundo cotidiano e o primeiro passo para mudarmos isso é por meio da educação. Levar debates para dentro da sala de aula é plausível e forma o cidadão”, finalizou.

Reportagem: Leonardo Melo
Fotos: Newton de Castro Resende
Divulgação: 26/04/2018