Quadrilha da inclusão e da celebração das diferenças

CAEE Antônio Carlos Lemos promove sua festa junina.

Em meio a uma bonita área verde e de muita animação, no sábado (7) à tarde, o Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE) Antônio Carlos Lemos promoveu sua tradicional festa junina. Pessoas atendidas pela instituição, de todas as idades e com diferentes tipos de necessidades especiais, funcionários, familiares e a comunidade em geral participaram da bonita festa e lotaram a quadra da instituição.

Para que o festejo fosse possível, os preparativos começaram um mês antes, relata a coordenadora do CAEE Antônio Carlos Lemos, Sebastiana Rangel. “Todas as pessoas que trabalham aqui se envolveram de alguma forma na preparação da festa. Recebemos também doações de parceiros e fizemos, ainda, gincanas para arrecadar prendas. O objetivo da festa é o de criar mais uma oportunidades de lazer e convivência para os alunos e seus familiares e a comunidade em geral”, frisa a coordenadora.

De acordo com Sebastiana Rangel, a instituição oferta oficinas e atendimento educacional especializado a alunos com necessidades especiais no contraturno de suas atividades escolares e, também, a pessoas com necessidades especiais que já saíram a escola: para todos esses públicos, o CAEE é uma referência. Atualmente, o CAEE atende a um total de 127 pessoas, de todas as faixas etárias.

Samuel Vinicius da Costa, 23 anos, portador da síndrome de down, é uma das pessoas que já não frequentam mais a escolar e que seguem em atendimento no Antônio Carlos Lemos. Samuel concluiu o ensino médio na Funec no ano passado, mas segue participando das oficinas ofertadas na instituição. “O Samuel está aqui desde o ano 2000 e nunca saiu. Em agosto, completam-se 18 anos de muito aprendizado e convivência no Antônio Carlos Lemos”, testemunha a mãe de Samuel, Maria das Graças Chaves da Costa.

Elizabeth Vasconcelos, mãe de uma das pessoas atendidas no CAEE, comenta sobre a importância do local. “Nós vivemos pelos nossos filhos. É aqui que temos nossas amizades e nossa convivência social. Em férias prolongadas, eles chegam até a adoecer, de tanta falta que eles sentem daqui”, diz Elizabeth, mãe de Izabela. Sebatiana Rangel completa, argumentando que o CAEE é um importante lócus de inclusão educacional e social. “Mesmo que já não frequentem mais a escola, as pessoas com necessidades especiais precisam estar em processo contínuo de aprendizagem. Aqui, elas têm essa oportunidade”, esclarece a coordenadora.

O secretário de Direitos Humanos e Cidadania de Contagem, Marcelo Lino, foi uma das centenas de pessoas que prestigiou a festança e passou pelo local ao longo da tarde. Para ele, o CAEE fortalece o processo de inclusão da pessoa com deficiência. “Esse é um importante espaço de fortalecimento do processo de inclusão de pessoas com deficiência no município, tanto do ponto de vista individual quanto em termos de convivência social. Nosso prefeito Alex de Freitas está atendo a isso. A gestão vem incentivando esse processo de inclusão”, afirma o secretário.

Reportagem: Carolina Brauer
Foto: Elias Ramos
Publicação: 11/07/2018