“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”.
(Paulo Freire)
Em época de reclusão social, nos forçamos a focar mais em alguns sentimentos e pensamentos. Coisa que, na correria do dia a dia, em tempos sem pandemia, é mais raro e difícil. Está, aí, uma das coisas boas neste tempo adverso!
O ser humano é a única espécie, em nosso planeta, que raciocina, sabe o que quer ou o que não quer, que entende a importância das ações e de suas consequências. É verdade que estamos em constante aprendizado.
As oportunidades de aprendizado nos sãos oferecidas a cada momento, o tempo todo. Aprendemos com nossos pais e com nossos filhos, com nossos superiores e com nossos subalternos, com um grande empresário e com um mendigo que cruza nosso caminho, com um acontecimento feliz e com um infeliz, com uma realização e com uma frustração, com uma derrota e com uma conquista.
Aprendemos, toda vez, que nos damos ao trabalho de pensar sobre o que determinado momento nos trouxe, o que nos ensinou que ainda não sabíamos, o que nos mostrou a respeito dos outros e de nós mesmos, e que antes ignorávamos… e esse processo é tão longo quanto a vida!
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O aprendizado referido é o dia a dia que vivemos. Nossa vida está em constante mudança e nosso dia a dia sempre está nos surpreendendo. Durante um dia, podemos aprender centenas de coisas, que podem ser tanto grandes como podem ser pequenas.
O aprendizado constante nunca foi tão importante como é agora. É indispensável, se você quer crescer e fazer coisas que, antes, eram inimagináveis de se acontecer em sua vida. Por exemplo, um grande empresário ou qualquer pessoa que trabalhe com finanças deve manter-se atualizado com as novas tendências, movimentos no mercado e mudanças no ambiente que possam afetar seus lucros.
O aprendizado requer disposição e esforço
O caminho mais curto e certo para a estagnação é perder a disposição de aprender, seja pela arrogância de achar que já sabe tudo, seja pela enganosa convicção de que é tarde demais para adquirir um novo conhecimento. A acomodação é outra inimiga do aprendizado, pois paralisa o segundo requisito necessário para que ele ocorra: o esforço.
É preciso esforçar-se para manter a mente aberta ao novo, para não se deixar limitar pelos preconceitos e opiniões preconcebidas. E também é preciso esforço para ampliar as oportunidades de aprendizado, reservando tempo para as leituras, para as conversas e atividades instrutivas, para se atualizar e aprofundar seu conhecimento.
Não se trata apenas do conhecimento necessário à sua profissão, mas a todos os aspectos de sua vida, por exemplo, conhecer mais a fundo sua esposa ou seu marido – acreditar que já sabemos tudo sobre nosso parceiro é um erro fatal em qualquer relacionamento. Outro equívoco é deixar de lado o autoconhecimento: uma série de frustrações, angústias e motivações. Conhecê-las também é um aprendizado constante, talvez o mais árduo de todos.
Uma frase atribuída a Confúcio diz: “O verdadeiro conhecimento consiste em sabermos a extensão de nossa ignorância”.
Como nos sugere o filósofo Chinês, com toda a sua perspicácia e sabedoria, a admissão de que ainda temos muito a aprender é o primeiro passo para transformarmos nossa vida em um constante aprendizado. A consciência desse fato enriquece nossas vidas, ampara nossas escolhas e direciona nossas ações. Há quatro necessidades básicas do ser humano – aprendemos a viver, a amar, a deixar um legado e, até mesmo, aprendemos a aprender.