Educação e ativismo em defesa dos Direitos Humanos

A Secretaria de Educação – Seduc, por meio da Superintendência de Projetos Especiais e da Coordenadoria de Direitos Humanos, iniciou a comemoração do Dia dos Direitos Humanos (comemorado no dia 10 de dezembro) no dia 25 de novembro, com o projeto dos 16 dias de Ativismo pelo fim da Violência contra a Mulher.

Nesse período foram compartilhados vídeos, cards e mensagens com o intuito de pautar a violência contra as mulheres para além da violência doméstica, da violência patrimonial e psicológica, pelo respeito ao trabalho e às escolhas das mulheres como forma de combate à violência e discriminação.

“Pautar essas temáticas nas escolas e colocá-las em discussão é de suma importância, ainda mais nesse momento pandêmico que estamos vivendo. A pandemia tem trazido como uma de suas consequências o agravamento a violação de vários Direitos Humanos e em muitos territórios a escola é o principal, senão o único, equipamento presente”, afirmou a superintendente de Projetos Especiais da Seduc, Flávia Goulart.

A democratização do conhecimento, da informação e das condições de vida com dignidade são elementos essenciais dentro de uma proposta de educação em direitos humanos, proporcionando um mundo com mais justiça social e respeito.

Nesse sentido, a Educação também pode se configurar como um dos meios para ampliar e conquistar a efetivação desses direitos, sobretudo das mulheres.

Para o subsecretário de Ensino de Contagem, Anderson Cunha, a atenção para a discussão sobre o “direito à vida” precede todos os outros. “Vivemos tempos difíceis e conflituosos, que foram em muito, agravados pela pandemia e mais que nunca devemos cuidar para que o Direito a Vida seja garantido”, afirmou.

Educação, Direitos Humanos e ativismo

A proposta da educação baseada em Direitos Humanos propõe a valorização da constituição dos(as) sujeitos(as) cujas práticas educativas sejam baseadas não somente na razão/técnica, mas também numa visão mais integrativa do ser humano, que dialoga com o mundo que o cerca e que pautam a atuação da Seduc e da Funec no município.

Assim, trazer novas perspectivas que procuram religar o conhecimento do mundo real – no caso da violência contra as meninas e mulheres – é tocar em assuntos sensíveis que podem trazer gatilhos para as mais vulneráveis, que de alguma maneira foram ou continuam sendo violentadas.

Superintendência de Projetos Especiais

Na Superintendência de Projetos Especiais, além da Coordenadoria dos Direitos Humanos, responsável pela educação antirracista, igualdade de direitos entre homens e mulheres e inclusão de migrantes, existe a Diretoria de Inclusão, a Diretoria de Formação, o Programa de Saúde na Escola – PSE, a Educação de Jovens e Adultos – EJA e a Coordenação de Educação Integral que referenda nossa concepção de Educação.

“Articular essas pastas na construção de programas, projetos e propostas, de forma articulada, e dando corpo a essa concepção de Educação Integral é o nosso grande desafio”, define Flávia Goulart. “O ano de 2021 foi um ano de diagnóstico da rede e de estruturação da Superintendência e, nos próximos anos, trabalharemos muito para que nosso programa tome corpo e ganhe a cidade contribuindo dia a dia para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna para todos e todas”, completou.

Dia dos Direitos Humanos

O dia 10 de dezembro de 1948, data em que a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas – ONU oficializou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ficou conhecida como o Dia dos Direitos Humanos e, desde 1950, anualmente comemora-se essa data. Para além da comemoração, a efeméride recorda a necessidade de lutar por ações concretas no sentido de garantir direitos civis, políticos, sociais e difusos para todos buscando assim, diminuir privilégios.

Repórter Fernando Dutra