Dívida do governo de Minas de R$ 180 milhões provoca adiamento do ano letivo em Contagem

Aulas começam em 18 de fevereiro, e medida evitará gasto de cerca de R$ 3 milhões pelo Município

Por causa da dívida do governo de Minas com Contagem, de cerca de R$ 180 milhões, sendo mais de R$ 64 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), a Secretaria Municipal de Educação (Seduc) teve que prorrogar o início do ano letivo em 2019, de 6 para 18 de fevereiro. Pelo mesmo motivo, a medida foi adotada por mais 10 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

As aulas serão iniciadas nesta data para os cerca de 56 mil alunos das 114 escolas municipais, além e 3.500 estudantes da Fundação de Ensino de Contagem (Funec). Com a prorrogação, o Município evitará o gasto de cerca de R$ 3 milhões neste período com transporte escolar, merenda e contratações.

Cabe ressaltar que a Prefeitura de Contagem está com o pagamento em dia dos servidores e dos fornecedores graças ao esforço de planejamento e austeridade na gestão. O adiamento do início das aulas fará com que o Município continue honrando seus compromissos.

A Seduc destaca que o ano letivo vai transcorrer normalmente, com término em 20 de dezembro, sem nenhum prejuízo às atividades escolares e com a manutenção dos recessos de julho e outubro. A recomposição das aulas será feita aos sábados.

A Prefeitura de Contagem lamenta profundamente e reconhece os transtornos causados aos alunos, pais, professores e demais servidores da Educação. Mas a medida teve de ser adotada diante do grave quadro de dificuldade financeira do Município.

Repórter: Júlio César Santos
Arte: Renata Coura
Publicação: 07/01/2019